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Nacional
Quarta - 04 de Janeiro de 2012 às 06:38
Por: ADILSON ROSA

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Por pouco mais um adolescente não é assassinado dentro do Complexo do Pomeri, em Cuiabá. Anteontem à noite o jovem Carlos Alexandre de Almeida, de 18 anos, foi autuado em flagrante por tentativa de assassinato contra um colega de cela, um adolescente de 17 anos, acertando-lhe 12 golpes de chuço (arma artesanal confeccionada com pedaços de metal). O crime ocorreu na Ala 5 do Complexo do Pomeri, onde os dois cumprem atividades socioeducativas.

A vítima relatou à polícia que só não morreu porque reagiu, entrando em luta corporal e conseguindo tomar o chuço e empurrar seu agressor. Ele explicou que, na cela, havia mais quatro adolescentes, sendo que alguns incitavam Carlos e outros gritavam para que ele parasse. Agentes monitores foram acionados e o menor foi levado para a enfermaria do Pomeri para ser medicado. Em seguida, foi liberado e transferido para outra cela de uma ala próxima.

Conforme policiais militares que atenderam a ocorrência, o crime foi motivado por causa de xingamento da mãe do autor. Carlos acrescentou que na semana passada os dois discutiram, mas acabaram se acertando. Na segunda-feira, iniciaram uma nova discussão.

No Plantão Metropolitano, para onde foi levado, Carlos alegou que utilizou um pedaço de arame do ventilador. “Se usasse esse chuço, teria matado, não tinha feito só isso (perfuração superficial)”, alegou. Carlos veio de Rondonópolis para cumprir atividades socioeducativas em razão do crime de tráfico de drogas. O menor, por sua vez, veio de Cáceres para o Pomeri.

Os garotos explicaram que a maioria das brigas e desavenças entre os internos do Complexo do Pomeri ocorre por motivos banais. “Lá, é lei. Ninguém pode falar da mãe de ninguém. Então, se alguém xingar a mãe do outro, começa a briga. No meu caso (com o Carlos) a gente se acertou. Então, não entendo porque ele partiu para cima de mim”, relatou o infrator ao policial.

No início de dezembro a Justiça interditou parcialmente o Complexo do Pomeri alegando falta de condições de atender os infratores, mas o Estado recorreu da decisão, e o centro de recuperação de adolescentes voltou a funcionar, mas o atendimento preferencial é para menores detidos na Capital.




Fonte: Do DC

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