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O ano de 2011 terminou com 380 assassinatos na Grande Cuiabá e a marca de mais violento dos últimos nove anos
2011: nesse ano os criminosos venceram
Delegacia de Homicídios: no ano de 2011 os criminosos deram muito trabalho aos investigadores da Grande Cuiabá
O ano de 2011 terminou com 380 assassinatos na Grande Cuiabá e a marca de mais violento dos últimos nove anos – só perdendo para 2001, que registrou 384 execuções, um recorde que por pouco não foi quebrado. Os números representaram um assassinato a cada 22 horas na Capital ou Várzea Grande. Desse total, 24 foram latrocínios (roubo seguido de morte), também um número recorde. Dezembro terminou com 30 execuções, quase uma por dia, sendo 19 na Capital e 11 em Várzea Grande.
O último caso foi o do traficante Carlos Eduardo da Silva Santos, o “Gargalo”, de 24 anos, morto em confronto com policiais militares do Bope durante uma abordagem, na Vila Rosa, em Cuiabá.
Dos 380 homicídios, cerca de metade foi motivada por entorpecentes. De uma maneira ou de outra, a vítima estava envolvida com drogas – geralmente estava devendo ao traficante que forneceu maconha ou cocaína. Como não recebeu o que vendeu, o traficante acabou executando a vítima ou as vítimas, dependendo da situação.
No entendimento de policiais civis ou militares, um combate eficiente ao tráfico de drogas poderia diminuir até pela metade o número de assassinatos na Grande Cuiabá. Cidades da Baixada Cuiabana, como Santo Antônio de Leverger, Nossa Senhora do Livramento ou Chapada dos Guimarães estão longe da violência da Capital, pois nelas foram registrados poucos homicídios.
Além do tráfico, as motivações se completam com acerto de contas, rixas antigas e também crimes passionais – nos quais a maioria das vítimas é a mulher, executada pelo ex-marido ou ex-namorado que não aceitam a separação.
O que chamou a atenção de policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi o grande número de latrocínios. Para se ter idéia do avanço desse tipo de crime, em 2010 foram 13 casos e, no ano passado, esse número quase dobrou.
Segundo a Polícia, o latrocínio é o maior indicativo do nível de violência de uma região. “Podemos ter um fim de semana com 60, 80 ou 100 ocorrências na Capital. Mas se forem 15 e tivermos cinco latrocínios, essa segunda situação é infinitamente mais violenta”, observou um policial da DHPP.
O assassinato de Gerson Rosa Santana, de 32 anos, morto a pancadas e pauladas na cabeça no início de dezembro no bairro Santa Rosa II, exemplifica o crime praticado para roubar objeto de pouco valor.
Em princípio, seria um crime envolvendo usuários de drogas, mas policiais da DHPP descobriram que o autor do assassinato ainda roubou o tênis da vitima, que foi trocado por entorpecente. “Se houve roubo, então é latrocínio”, explicou o delegado Antônio Carlos Garcia.
Ainda em dezembro a diarista Maria do Socorro Pereira da Silva, de 53 anos, foi vítima de um dos poucos casos de latrocínio esclarecido pela polícia. Horas após o crime Jackson da Costa Lobão, de 20 anos, foi preso e confessou o crime ocorrido no bairro Mapim, em Várzea Grande.
O último caso foi o do traficante Carlos Eduardo da Silva Santos, o “Gargalo”, de 24 anos, morto em confronto com policiais militares do Bope durante uma abordagem, na Vila Rosa, em Cuiabá.
Dos 380 homicídios, cerca de metade foi motivada por entorpecentes. De uma maneira ou de outra, a vítima estava envolvida com drogas – geralmente estava devendo ao traficante que forneceu maconha ou cocaína. Como não recebeu o que vendeu, o traficante acabou executando a vítima ou as vítimas, dependendo da situação.
No entendimento de policiais civis ou militares, um combate eficiente ao tráfico de drogas poderia diminuir até pela metade o número de assassinatos na Grande Cuiabá. Cidades da Baixada Cuiabana, como Santo Antônio de Leverger, Nossa Senhora do Livramento ou Chapada dos Guimarães estão longe da violência da Capital, pois nelas foram registrados poucos homicídios.
Além do tráfico, as motivações se completam com acerto de contas, rixas antigas e também crimes passionais – nos quais a maioria das vítimas é a mulher, executada pelo ex-marido ou ex-namorado que não aceitam a separação.
O que chamou a atenção de policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi o grande número de latrocínios. Para se ter idéia do avanço desse tipo de crime, em 2010 foram 13 casos e, no ano passado, esse número quase dobrou.
Segundo a Polícia, o latrocínio é o maior indicativo do nível de violência de uma região. “Podemos ter um fim de semana com 60, 80 ou 100 ocorrências na Capital. Mas se forem 15 e tivermos cinco latrocínios, essa segunda situação é infinitamente mais violenta”, observou um policial da DHPP.
O assassinato de Gerson Rosa Santana, de 32 anos, morto a pancadas e pauladas na cabeça no início de dezembro no bairro Santa Rosa II, exemplifica o crime praticado para roubar objeto de pouco valor.
Em princípio, seria um crime envolvendo usuários de drogas, mas policiais da DHPP descobriram que o autor do assassinato ainda roubou o tênis da vitima, que foi trocado por entorpecente. “Se houve roubo, então é latrocínio”, explicou o delegado Antônio Carlos Garcia.
Ainda em dezembro a diarista Maria do Socorro Pereira da Silva, de 53 anos, foi vítima de um dos poucos casos de latrocínio esclarecido pela polícia. Horas após o crime Jackson da Costa Lobão, de 20 anos, foi preso e confessou o crime ocorrido no bairro Mapim, em Várzea Grande.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/63239/visualizar/
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