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Sexta - 03 de Janeiro de 2014 às 08:39

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Mato Grosso é o segundo pior no ranking da lista suja do Trabalho Escravo, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na última atualização, o estado teve sete novos empregadores incluídos. 

A lista suja analisa as condições de trabalho, alojamento, higiene, indisponibilidade de água potável, jornada exaustiva, falta de registro em carteira de trabalho e segurança. 

Ao longo de 2013, 13 empregadores do estado foram incluídos na relação. Agora, Mato Grosso conta com 65 empresas ou empregadores sujos, o que representa 11,23% do total do ranking, perdendo apenas para o Pará que tem 151 empregadores listados (26,08%). Em terceiro lugar ficou Goiás, com 48 nomes incluídos (8,46%) e Minas Gerais com 47 (8,12%). 

MATO GROSSO – Dos sete empregadores adicionados ao ranking, três são da região noroeste do estado, três da região nordeste e um localizado a médio norte. Ao todo foram incluídas quatro fazendas, uma carvoaria, uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) e uma destilaria. 

As fazendas flagradas na prática de submeter os trabalhadores a condições análogas à de escravo, no segundo semestre de 2013, ficam nos municípios de Nova Bandeirantes (1.010 km a noroeste de Cuiabá), Brasnorte (575 km a noroeste de Cuiabá), Nova Monte Verde (954 km a noroeste de Cuiabá) e São Félix do Araguaia (995 a nordeste de Cuiabá). 

A carvoaria foi localizada em uma fazenda em Ribeirão Cascalheira (740 km a nordeste de Cuiabá). A PCH fica em Sapezal (467 a médio norte de Cuiabá) e a destilaria funciona numa fazenda em Confresa (1.007 km a nordeste de Cuiabá). 

A atualização semestral da lista de empregadores envolvidos em trabalho escravo foi divulgada na última segunda-feira (30). Em todo país, foram incluídos nomes de 108 novos empregadores e voltaram à lista outros dois nomes, por conta de determinação judicial. No documento, 17 empregadores saíram da lista por cumprirem os requisitos pedidos. 

O ranking conta com 579 nomes de empregadores flagrados na prática de submeter trabalhadores a condições análogas à de escravo, sejam pessoas físicas ou jurídicas. A lista está disponível para consulta na internet, no site do MTE. A verificação do nome do empregador na lista pode ser feita por ordem alfabética ou busca pelo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). 

O MTE mantém as empresas no cadastro de infratores por dois anos. Para que o nome saia da lista, os empregadores precisam pagar as multas e encargos trabalhistas correspondentes e comprovar que corrigiram as irregularidades encontradas. 

Os integrantes da lista suja têm acesso às linhas de crédito dos bancos públicos vetados. Eles também não podem vender sua produção para instituições ou órgãos do governo. (GN) 





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