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Sábado - 31 de Dezembro de 2011 às 20:53
Por: LAURA NABUCO

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Apesar de ser composta por 24 vagas, a Assembleia Legislativa “abrigou” durante o primeiro ano desta legislatura 32 deputados estaduais entre suplentes e titulares. O mais beneficiado com o sistema de rodízio foi o tucano Carlos Avalone (PSDB), que trocou de cadeira três vezes em 2011.

A licença mais recente que permitiu que ele permanecesse no cargo foi do colega de legenda, Guilherme Maluf (PSDB). Mesmo com o recesso, o tucano resolveu solicitar o afastamento pelo período de 121 dias – prazo mínimo para que o suplente seja convocado. Segundo Maluf, o motivo foi ter sido escolhido pela mesa diretora para ficar “de plantão” na Casa durante o período em que não haverá sessões. Ele afirma que já possuía outro compromisso agendado fora do Estado.

Além do tucano, o democrata Dilmar Dal Bosco (DEM) também deixou o cargo para que Avalone pudesse concluir o relatório da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2012. Na vaga ocupada por Gilmar Fabris (PSD), o tucano foi surpreendido com o retorno repentino do social-democrata pouco tempo antes do prazo final para apreciação do projeto. A troca ocorreu dias antes da Polícia Fazendária Civil deflagrar a operação Cartas Marcadas, em que Fabris é citado.

O próprio Fabris, por sua vez, ocupa o lugar do eleito José Domingos Fraga (PSD), afastado para comandar a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf). Além dele, outros três deputados deixaram o Legislativo para compor o staff: Antônio Azambuja (PP), na Secretaria de Estado de Esportes e Lazer; João Malheiros (PR), na Secretaria de Estado de Cultura; e Teté Bezerra (PMDB), na Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo. Com isso, Luiz Magalhães (PSD), Ondanir Bortolini (PR) e Emanuel Pinheiro (PR) ficaram na vaga dos titulares durante todo este ano.

A vaga da peemedebista, inclusive, foi alvo de disputa entre Emanuel Pinheiro (PR) e Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB). Primeiros colocados na lista de suplência da coligação e do partido, respectivamente, eles chegaram a recorrer ao Judiciário para definir quem teria direito ao cargo. Enquanto o assunto não era resolvido, Mauro Savi (PR) se afastou para manter Emanuel. A justificativa oficial era realizar um tratamento médico.

Como a disputa entre suplentes dos partidos e das coligações não foi exclusividade mato-grossense, a decisão coube ao Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu que a vaga deveria ficar com o primeiro colocado da chapa de partidos composta durante o período eleitoral. Na quarta posição do “ranking”, Daltinho teve então que ceder a cadeira ao segundo colocado, o petista Alexandre César.

Sem tantos envolvidos, mas igualmente polêmico, foi o afastamento de Luiz Marinho (PTB). Ele deixou o cargo no início de setembro justificando motivos médicos. Na época, no entanto, chegou-se a cogitar que a licença pretendia apenas beneficiar o então colega de partido Aray Fonseca – hoje filiado ao PSD -, que havia acabado de deixar a presidência da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) sob forte desgaste. Dias depois, no entanto, o petebista sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Recuperado, Marinho retornou ao cargo na última semana antes do recesso parlamentar.




Fonte: Do DC

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