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Internacional
Sábado - 31 de Dezembro de 2011 às 18:14

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Tropas etíopes e milicianos de clãs obrigaram militantes da Al Qaeda a fugirem para uma cidade somali depois de fortes combates no sábado, disseram moradores.


Rebeldes do grupo al Shabaab não estavam disponíveis para dar declarações depois dos relatos do ataque, mas disseram anteriormente que haviam repelido três ataques etíopes no norte da cidade.


Tanto a Etiópia quanto o Quênia enviaram soldados para a Somália para combater militantes islâmicos da Shabaab, depois de uma onda de ataques e de sequestros através da fronteira que Nairóbi atribuiu aos rebeldes.


"Tropas etíopes estão agora na cidade de Baladwayne. Combatentes da al Shabaab fugiram", disse o morador Osman Farah à Reuters.


"Fomos despertados pela artilharia das tropas etíopes no início da manhã. Elas atacaram al Shabaab nos arredores da cidade. Não podemos sair de nossas casas. Podemos ver tropas etíopes das frestas de nossas janelas", disse.


Baladwayne é uma cidade agrícola e comercial que fica perto de um rio no centro da Somália, a cerca de 45 km da fronteira etíope e 335 km ao norte de Mogadíscio.


Também é a capital da região de Hiiran e estava sob controle da al Shabaab, que combate o governo da Somália apoiado pelo Ocidente. Moradores temem que os militantes possam retomar a cidade quando as tropas etíopes deixarem o local.


A Somália está mergulhada na anarquia desde que o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado em 1991.


O porta-voz dos rebeldes, xeique Abdiasis Abu Musab, disse à Reuters na manhã de sábado que tropas etíopes haviam atacado combatentes da Shabaab 20 km ao norte de Baladwayne. Ele disse que al Shabaab havia repelido os soldados três vezes.


Abu Musab não pôde ser encontrado para dar declarações após os relatos do ataque da cidade.


O morador Hassan Abdi disse que muitos habitantes tinham fugido da cidade com os confrontos.


"Não temos detalhes sobre vítimas. Não houve luta dentro da cidade. A cidade está calma", disse.


Soldados etíopes foram enviados para a Somália em 2006, e saíram no início de 2009 depois de expulsar a União das Cortes Islâmicas da capital Mogadíscio. Na época, a maioria dos somalis se opunha à intervenção e analistas disseram que esta pode ter encorajado as pessoas a se juntar aos militantes.


Agora, os moradores dizem que a opinião pública voltou-se contra os militantes.





Fonte: REUTERS

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