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Economia
Sábado - 31 de Dezembro de 2011 às 10:31
Por: JOÃO CARLOS MAGALHÃES

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Turbinado pelo plano federal para erradicar a pobreza extrema, o gasto com o Bolsa Família teve no primeiro ano da presidente Dilma Rousseff seu maior aumento nominal desde sua criação e bateu um novo recorde.

O desembolso com o programa chegou a R$ 17,1 bilhões, contando o dinheiro usado na transferência de recursos e em sua gestão --R$ 3,2 bilhões a mais do que no ano passado.

Se descontada a inflação, o aumento foi de 15,7%, o segundo maior crescimento real desde que o Bolsa começou a ser executado, em 2004, perdendo apenas para a evolução entre 2005 e 2006.

O número de famílias que recebem dinheiro por meio do programa também cresceu e chegou a 13,3 milhões, outro recorde.

O desembolso com o programa cresce ano a ano desde que começou a ser executado, em 2004. Mas a ampliação deste ano tem a ver com a retórica oficial de tentar acabar com a miséria extrema até 2014.

O programa intensificou seu foco nos jovens, que representam quatro em cada dez dos 16,2 milhões de brasileiros miseráveis --segundo critério estabelecido pelo governo, quem ganha até R$ 70 por mês.

O montante transferido a famílias com adolescentes recebeu reajustes de até 45% e foi ampliado: o limite dos chamados benefícios variáveis, que era de três filhos com até 15 anos, subiu para cinco filhos.

Com a segunda medida, ao menos 1,3 milhão novos beneficiários foram incluídos no Bolsa.

Além disso, as mulheres grávidas e as que amamentam bebês de até seis meses de idade passaram também a ter direito à política social.

As mudanças do Bolsa são parte das medidas do Brasil Sem Miséria, que se estrutura em outros dois eixos além da transferência de renda: melhoria do acesso a serviços públicos e inclusão produtiva --que visa encaixar os extremamente pobres no mercado de trabalho.

Balanço dos primeiros seis meses do plano divulgado neste mês indicou que algumas de suas metas já foram batidas, como a de incluir potenciais beneficiários em programas sociais do governo.

Mas um dos principais pontos do plano, o estabelecimento de um programa de microcrédito aos extremamente pobres, ainda não saiu do papel.

O ministério afirma que discute com os bancos uma metodologia para a concessão de crédito. O objetivo é criar um formato no qual os bancos orientem o público.






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