Cientistas observam na sexta-feira (30) o comportamento de um remoto vulcão do Alasca que expeliu cinzas na véspera, quando o material se dissipou rapidamente, sem causar problemas para a aviação comercial na região. O vulcão Cleveland, com 1.730 m de altitude, fica exatamente sob as rotas de voos comerciais entre Ásia e América do Norte, nas ilhas Aleutas, o que torna suas cinzas especialmente perigosas. Uma nova explosão pode acontecer sem aviso prévio, lançando uma grande quantidade de cinzas no ar.
A explosão de quinta-feira lançou uma coluna de cinzas com 5 km de altura, que no entanto se dissipou em questão de horas, de acordo com Cheryl Searcy, geofísica do Observatório de Vulcões do Alasca. "Foi um arrotinho", disse Searcy. "Até agora, não tivemos nenhum outro."
O vulcão fica numa área remota, 1,5 mil km a sudoeste de Anchorage, maior cidade do Alasca. Cientistas dizem que faltam equipamentos de monitoramento no vulcão, que em 2001 expeliu cinzas a até 12 km de altura. "Então é possível que ele possa realmente jogar uma coluna grande (na atmosfera)", disse Searcy.
O porta-voz da Administração Federal de Aviação, Mike Fergus, disse que todas as empresas aéreas que operam no noroeste dos Estados Unidos foram alertadas sobre a erupção, mas que não há relatos de aviões que tenham precisado desviar sua rota. Ele observou que os aviões comerciais geralmente voam bem acima dos 5 mil m, o nível que chegou a fumaça na quinta-feira. Funcionários das empresas United, Delta e Alaska Airlines disseram que não há transtornos nos seus voos.
O Cleveland, na desabitada ilha de Chuginadak, é um dos 90 vulcões ativos no Alasca. Ele está em estado de erupção desde julho, quando a lava começou a brotar da cratera, formando uma cúpula endurecida. Os cientistas acompanham a montanha com dados de satélite, relatos de testemunhas e vídeos gravados por tripulantes de navios e aviões.
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