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Quinta - 29 de Dezembro de 2011 às 15:18
Por: Alline Marques

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A aliança que vigorou entre o PMDB e o PR no ano passado, com promessa de apoio mútuo para 2012 e até 2014, pode não durar muito tempo, pois os dois partidos já enfrentam divergências, principalmente em Cuiabá e Rondonópolis.

Em Várzea Grande, os líderes republicanos parecem já ter cedido a vez aos peemedebistas, devido ao enorme desgaste gerado pela gestão Murilo Domingos-Tião da Zaeli.

A maior discussão seria em torno da disputa pelo comando do Palácio Alencastro. Isso porque, em tese, o apoio concedido ao governador Silval Barbosa (PMDB) dava ao PR o direito de indicar o cabeça de chapa na disputa em Cuiabá.

Mas um fato novo pode atrapalhar os objetivos do Partido da República (PR). O presidente do PMDB, Carlos Bezerra, conseguiu a filiação do empresário Dorilêo Leal, que deve sair candidato a prefeito em 2012, o que prejudica os planos dos republicanos que, até então, apostavam em Sérgio Ricardo para manter a esperança de conquistar a prefeitura da capital mato-grossense.

Não se pode negar que a sigla peemedebista está muito mais organizada do que as demais agremiações para as próximas eleições municipais. Por enquanto, o PR não tem muitas opções de nomes e continua envolvido com as disputas internas, que enfraquecem a legenda na hora das discussões, podendo colocar o partido em segundo plano na aliança com o PMDB.

Bezerra é um grande articulador político e o fato de o PMDB estar no comando do Estado com Silval Barbosa (PMDB) fortalece ainda mais essas discussões, dando ao  partido algumas vantagens adicionais na hora de debater as alianças. Basta lembrar que nas últimas eleições municipais, a legenda que detinha o comando do governo levou vantagem. Tanto que o PR, naquela época, era o partido com maior número de prefeitos em Mato Grosso.

Outra cidade que está no foco das discussões é Rondonópolis, base eleitoral de Bezerra e também do presidente do PR, Wellington Fagundes.

O atual prefeito, José Carlos do Pátio (PMDB), parece ser o candidato natural à reeleição, no entanto, é fato que ele é um ferrenho adversário dos republicanos. Por isso, Wellington Fagundes já adiantou que caso o PMDB mantenha o projeto de lançar o atual chefe do Executivo à reeleição em 2012, os republicanos devem buscar um projeto alternativo.

Só que Fagundes também já descartou apoiar Percival Muniz (PPS), com quem já disputou e perdeu a eleição em 2000, pelo PSDB. Com isso, o PR teria de procurar um nome para disputar a prefeitura em Rondonópolis, mas até o momento parece não haver ninguém, já que o partido também perdeu Adilton Sachetti para o PDT.

Caso Sachetti saia candidato poderia então conquistar o apoio do PR, mas o ex-prefeito ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto e o PDT já caminha para manter o apoio a Percival.

Essas são apenas as principais cidades em disputa, mas em muitos outros municípios a aliança entre PMDB e PR parece distante da realidade. Resta saber se com tanta dificuldade para manter a união entre as duas siglas em 2012, este pacto será mantido para 2014.






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