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Agronegócios
Quinta - 29 de Dezembro de 2011 às 13:14

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Começou a contagem regressiva para colheita da soja, em Mato Grosso. De acordo com alguns sojicultores, a tradição de movimentar as colheitadeiras nos últimos dias do ano será mantida mais uma vez e até sábado haverá coleta em alguns pontos de lavouras situadas no médio norte e no oeste do Estado, regiões em que o cultivo de variedades de ciclo curto (precoce) é mais utilizado em razão da possibilidade de se fazer duas safras em uma mesma temporada. Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao norte de Cuiabá) e Sapezal (480 quilômetros ao noroeste de Cuiabá) têm alguns hectares muito próximos do ponto ideal de extração da soja. “Temos aqui em Lucas do Rio Verde áreas sob pivô central (irrigadas) que foram semeadas em 15 de setembro e que com certeza poderão ser colhidas ainda nesta semana”, explica o sojicultor e recém-empossado presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Carlos Favaro. Além de hectares irrigados, existem área sem irrigação que também estarão prontas até o próximo final de semana. “Todas essas lavouras que estão às vésperas da colheita foram formadas por meio do uso de sementes de ciclo menor, 95 dias, o que chamamos de superprecoces”. O presidente da Aprosoja/MT diz ainda que a colheita dentro do mesmo ano de plantio se tornou tradição, em Mato Grosso, e serve de ‘start – início -’ para a nova safra nacional da oleaginosa. “Todo esse plantio superprecoce da soja tem como objetivo fazer uma safrinha de algodão e por isso acredito que a partir da primeira semana de janeiro muitas lavouras estão prontas para a colheita, seja no médio norte como no oeste mato-grossense”, avalia. O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e produtor, José Guarino Fernandes, estava retornando na tarde de ontem de sua fazenda, na região de Sapezal e disse que existem lavouras dessecadas à espera apenas do aparecimento do sol para serem colhidas. “Depois de longas estiagens a chuva se intensifica na por aqui”, exclama. Após o dessecamento – processo que utiliza produto químico para antecipar a colheita após a maturação total das plantas – “é preciso que haja de cinco a seis dias secos para passar a colheitadeira na lavoura”. Conforme recomendações de agrônomos, o dessacamento uniformiza a maturação e antecipa a colheita. Favaro explica que a maior parte das lavouras mato-grossenses estão no estágio de início de enchimento de grão, etapa extremamente importante para o bom rendimento da produção. “Neste ano, em função do surgimento das primeiras chuvas, ainda em setembro – quando historicamente o Estado começa a plantar – o cultivo se deu nos mais de 6,9 milhões hectares em cerca de 40 dias, em função disso, a maior parte das lavouras está em início de enchimento, como também existem plantas em floração e outras com maturação completa, e que podem ser colhidas”. Essas últimas, como completa, são um estágio da minoria, mas que contribuiu para dar a largada da colheita 2012.

ORIENTAÇÃO – Com clima típico de verão – úmido e quente – e com lavouras em estágio avançado de desenvolvimento, o período se torna propício para o surgimento e disseminação do fungo causador da ferrugem asiática, doença que compromete a produtividade das plantas e traz sérias perdas econômicas ao produtor, visto que demanda mais fungicidas do que o habitual – quando se faz a prevenção ao fungo – e se colhe menos. “Em outras palavras, colhemos menos e gastamos mais”, alerta Favaro. Ele destaca ainda que os esporos da doença são disseminados pelo vento. “Quando a ferrugem ataca a planta madura quase não há perdas, no entanto, esse esporo fica no ambiente e se alastra rapidamente. Mais do que nunca é preciso monitorar as lavouras e realizar as aplicações preventivas de fungicidas”, recomenda. Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil e o 2ª produtor mundial, atrás dos Estados Unidos. Para a temporada atual estão previstos novos recordes de produção e área plantada. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Estado deverá colher 22,16 milhões de toneladas, 7,8% acima do registrado em 2010/11 em uma área de 6,9 milhões de hectares, 8,9% acima dos 6,41 milhões do ciclo anterior.





Fonte: Do DC

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