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Nacional
Quarta - 28 de Dezembro de 2011 às 12:29

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Fernando Ramos / Agencia RBS
Ambulância deixou o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Rosário do Sul, às 1h35min desta quarta
Ambulância deixou o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Rosário do Sul, às 1h35min desta quarta
Avô da única sobrevivente do acidente de segunda-feira, Angel Ferraro, 71 anos, usou a terça-feira para acelerar os trâmites da transferência de Lúcia, 16 anos, para um hospital da província de Santa Fé, onde vivia a família. Por volta de 1h35min desta quarta-feira, a adolescente deixou o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora de Rosário do Sul.

Na segunda-feira, o choque do Zafira contra um ônibus na BR-290 matou os pais e três irmãos da jovem. O trajeto até a cidade de Rosário, no país vizinho, deve perdurar por cerca de 650 quilômetros.

Segundo Guilhermo Glicione, amigo que viajava com a família na frente do carro dos Ferraro, a saúde de Lucia inspira cuidados, mas ela não corre risco de vida. Ela será conduzida ao Sanatório Garay, na província de Santa Fé.

— Ela tem uma perna quebrada, machucou um braço e sofreu um forte golpe no peito, mas não precisa de cirurgia. Passou o tempo todo dormindo, mas mexe os braços, mexe as mãos. Vamos levá-la de volta — comentou ele, acrescentando que a moça ainda não sabe da morte dos pais.

Os Glicione afirmam que os avós possuem condições financeiras de receber Lúcia, mas não teriam saúde para cuidar da menina. Os vizinhos dos Ferraro disseram também que têm interesse em adotar a adolescente, mas garantem que ela tomará a decisão. Conforme os Glicione, uma das filhas é da mesma idade de Lúcia e as duas são grandes amigas.

A sobrevivência da jovem é um alento para os amigos e parentes dos Ferraro na Argentina, que ficaram chocados pela morte de cinco membros da família. Na noite de segunda-feira, foi realizada uma missa em homenagem às vítimas, na cidade argentina de Rosário.

O Colégio Boneo, onde estudavam Lucia, Andrés e Thiago, suspendeu todas as atividades na terça-feira. Clima de tristeza também entre os 2 mil empregados do Frigorífico Paladini, em Villa Galdéz, onde o pai da família, Gustavo, 37 anos, trabalhava. Engenheiro de Sistemas, assim como a mulher, ele era o chefe de Departamento de Tecnologia da fábrica.





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