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Politica MT
Terça - 22 de Outubro de 2013 às 08:09

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Quem procurou os serviços do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT) no começo da manhã de ontem, em Cuiabá, encontrou os portões de acesso fechados por conta da greve por tempo indeterminado dos servidores do órgão estadual. Na Capital, a sede do Detran teve o acesso bloqueado pelos grevistas e os portões só foram liberados por volta das 10 horas.

Uma das pessoas que voltou para casa sem atendimento foi a artesã Antonia dos Santos Tavares, moradora de Várzea Grande. "Estava com a prova teórica marcada e já vim aqui hoje duas vezes e nada", lamentou.

Para se deslocar até o órgão estadual, na Capital, ela gastou R$ 50 com mototáxi. "É uma situação difícil, horrível quando você precisa de algo e não consegue".

Presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran-MT), Veneranda Acosta afirma que a decisão de paralisar foi tomada em assembleia-geral da categoria há 15 dias, prazo suficiente para o governo sinalizar com um cronograma de repasses de recursos para melhorar as condições de trabalho dos servidores que atuam na sede do Detran e nas Ciretrans.

Porém, não o fez. "No Estado, temos prédios com risco de desabamento e em estados extremamente precários. Há problema até de falta de água mineral nas unidades", afiançou.

Segundo ela, 100% da categoria cruzou os braços na Capital. A mobilização também atinge as 80 Ciretrans e agências do órgão localizadas no interior.

A categoria cobra que administração do sistema DetranNet seja feita pelos servidores efetivos do órgão e não mais pelo Cepromat, que cobra mais de R$ 5 milhões por ano para executar um trabalho, que conforme o Sinetran, só deixa a desejar. Também está na lista de reivindicações a reestruturação organizacional do órgão, com a redução de 51 cargos, que resultará numa economia anual de R$ 3 milhões, e a criação de Lei complementar que garanta recursos ao Detran, que conta com 744 servidores efetivos e 190 com cargos comissionados.

Presidente do Detran, Giancarlo Castrillon acredita ser desnecessária a greve, pois o governo do Estado vem atendendo as reivindicações dos servidores. Como exemplo, ele cita a criação de uma comissão discutir e realinhar o quadro funcional e a liberação em 20 dias de R$ 14,6 milhões para investimento em infraestrutura e pagamento de servidores.

Conforme Castrillon, seria montada uma força-tarefa para amenizar os transtornos à população. "Vamos formar uma força-tarefa com estagiários e comissionados, que vão trabalhar normalmente, além de boa parte do efetivo", afiançou.

O atendimento será mantido por 30% dos servidores.

 






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