Levantamento publicado pela revista "Veja" aponta deficiência em infraestrutura e na política tributária
MT é o pior do Centro-Oeste para investidor estrangeiro
Com cenários político e econômico favoráveis, mas infraestrutura e política tributária deficientes, Mato Grosso é o pior Estado da região Centro-Oeste em capacidade de receber investimento estrangeiro.
O resultado consta do primeiro ranking nacional de gestão, produzido pelo grupo inglês Economist e publicado na edição desta semana da revista (http://bit.ly/vKACL3).
Segundo a publicação, o levantamento é inédito e revela os estados brasileiros mais preparados para receber o fluxo recorde de investimento estrangeiro que chega ao Brasil graças à estabilidade econômica e à proximidades da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
São Paulo, com 77,2 pontos de 100 possíveis, encabeça a lista. Com 39,8 pontos (abaixo da média nacional: 41,3), Mato Grosso ficou na 14ª colocação geral, atrás de Goiás (12º), Mato Grosso do Sul (9º) e do Distrito Federal (6º).
"São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal e Santa Catarina são os únicos que apresentam um bom ambiente de negócios para quem quer investir no setor produtivo do país", diz a revista, em um trecho.
O ranking foi produzido a partir da avaliação de 25 indicadores em oito categorias (ambiente político, ambiente econômico, regime tributário e regulatório, política para investimentos estrangeiros, recursos humanos, infraestrutura, inovação, sustentabilidade).
Com notas apenas moderadas em termos de inovação e mão de obra, Mato Grosso se destacou positivamente no quesito sustentabilidade e teve boas notas em relação aos ambientes político e econômico.
A média foi prejudicada, porém, pelos resultados obtidos em infraestrutura (nota zero, segundo o ranking) e política tributária (12,5 pontos e 18ª colocação geral).
"Para atribuir as notas, a equipe de inteligência da Economist reuniu dados de relatórios jurídicos, publicações acadêmicas e governamentais, sites de autoridades e de organizações que acompanham os governos e escolas de administração", relata a revista.
A reportagem esclarece, ainda, que a meta principal é fortalecer as instituições e evitar o personalismo. "Por isso, não foi analisado o desempenho dos governantes, mas das políticas públicas implementadas ai longo dos últimos anos", destaca Veja.
O ranking será atualizado e divulgado anualmente, sempre na última edição da Veja em dezembro.
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