Lindomar Tofolli diz que trabalho é sobre a emissão irregular de cartas de crédito
Delegado nega investigação sobre lavagem de dinheiro
Chefe da investigação da operação ‘Cartas Marcadas", o delegado fazendário, Lindomar Tofolli, negou que esteja apurando crimes de lavagem de dinheiro. O delegado afirmou que está tratando apenas da emissão irregular das cartas de crédito e criticou a divulgação de que há outra linha de investigação, além da já citada. Apesar do período natalino e de ano novo, o trabalho da Polícia Civil será mantido.
"A questão de lavagem pode até ser tratada mais para frente, mas hoje isso não é o que acontece. Por causa disso tudo, o secretário de Segurança Pública [Diógenes Curado] já determinou que qualquer informação sobre o caso à imprensa passe pela assessoria de comunicação da Polícia Civil", declarou.
De acordo com Lindomar, o foco da investigação continua sendo o anunciado na coletiva de imprensa no dia 14 de dezembro. "Quando a informação foi divulgada, todos pensaram que foi eu quem repassou. Eu não divulguei nada, não saiu nada da minha boca", afirmou.
Atualmente, os policiais estão verificando a documentação pega nos 14 mandados de busca e apreensão realizados, inclusive em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Nesse município, foram encontrados cópias de cartas de créditos no apartamento do concunhado do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), o advogado Ocimar Carneiro de Campos.
Ao todo, a Delegacia Fazendária investiga a emissão de R$ 633 milhões em cartas de crédito, aproximadamente R$ 490 milhões a mais do que a quantia correta. Os agentes fazendários, na realidade, deveriam receber R$ 380 milhões do governo do Estado de reajuste, mas, como fizeram um acordo, 63% deste valor foi abatido, chegando a R$ 142 milhões, valor também ultrapassado na emissão.
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