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Terça - 27 de Dezembro de 2011 às 06:28
Por: ALECY ALVES

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Dario Scherner e seu filho Pedro César: a Justiça, que costuma ser lenta, se superou nesse caso
Dario Scherner e seu filho Pedro César: a Justiça, que costuma ser lenta, se superou nesse caso
Hoje está completando 20 anos do assassinato do professor da UFMT, Dario Luiz Scherner, de 46 anos, e de seu filho, Pedro César Scherner, 17, e a família das vítimas chama a atenção para a lentidão da Justiça em marcar o julgamento do acusado pelo assassinato. Hoje, às 18h30, na igreja Mãe dos Homens (na Rua Cândido Mariano, próximo à Praça Santos Dumont), será celebrada uma missa em homenagens às vítimas.

Giovana Scherner, filha de Dario, diz que a família espera ansiosamente por esse julgamento. “Precisamos prosseguir nossas vidas em paz, com a sensação de que cumprimos nosso dever e que se fez justiça”, afirma.

O réu, que passou 17 anos foragido, vem interpondo recursos desde sua captura em 15 de outubro de 2008, especialmente com habeas corpus, e assim conseguindo adiar a data do julgamento.

Francisco de Assis Vieira Lucena, que era proprietário da Casa da Suspensão, a oficina onde ocorreu o duplo assassinato, também vem tentando desqualificar o crime de homicídio qualificado para homicídio simples.

Durante o longo período em que esteve foragido, Lucena chegou a assumir outra identidade, passou a ser Francisco Bueno da Silva, natural de Campina Grande, na Paraíba, e por 10 anos estabeleceu residência no interior de São Paulo, na cidade de Osasco.

Naquela cidade ele se casou novamente, montou uma fábrica de confecções e levava uma vida comum como tantos outros brasileiros. Foi lá, depois de montar uma força-tarefa atendendo aos apelos da família das vítimas, que a polícia mato-grossense prendeu o criminoso.

Pronunciado a julgamento popular em 1995, desde sua captura Lucena está preso na Penitenciaria Central de Cuiabá (antigo Pascoal Ramos). O julgamento dele sequer tem data prevista.

CRIME – No dia 27 de dezembro de 1991, Pedro, a pedido do pai, foi buscar o carro da família na Casa da Suspensão. Enquanto o veículo estava na revisão, dona Carmem Lúcia preparava as malas para sair em férias com o marido e filhos.

Atendendo um chamado do filho, Dario foi até a oficina supostamente para resolveu um pequeno desentendimento a respeito do valor do conserto. Enquanto isso, Carmem e outros dois filhos, Dario César e Giovana, os aguardavam em casa, prontos para seguir viagem.

Dentro da oficina, Francisco Lucena, que nunca alegou inocência, teria matado pai e filho. Ele fugiu em seguida. O caso ganhou repercussão nacional e ficou conhecido como “Crime da Casa de Suspensão”. Chegou a ser tema de reportagens especiais sobre criminosos procurados no Programa Linha Direta, da Rede Globo.




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