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Internacional
Segunda - 26 de Dezembro de 2011 às 21:24
Por: HELEN PO

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O medo e a revolta estão se espalhando entre latino-americanas que usaram próteses mamárias produzidas pela empresa francesa Poly Implant Prothese (PIP) com silicone industrial, o que as tornava mais baratas, mas causa riscos à saúde.

 

 

As próteses da extinta marca PIP se rompem com maior facilidade, o que levou as autoridades francesas a orientarem as usuárias a retirarem-nas. Cerca de 300 mil implantes da marca foram vendidos no mundo todo, sendo dezenas de milhares na América Latina, onde há grande procura por cirurgias plásticas estéticas.

 

A advogada argentina Virginia Luna, de 34 anos, pleiteia que as clínicas ofereçam próteses de outras marcas para substituir as da PIP. Ela disse representar 50 mulheres, e que algumas já selaram acordos extrajudiciais com as seguradoras dos cirurgiões responsáveis pelos implantes.

 

Na Venezuela, onde próteses de silicone chegam a ser sorteadas em rifas ou dadas por pais às suas filhas no aniversário de 15 anos, há grande apreensão entre as usuárias. Passando férias numa praia, a professora Martha, de 47 anos, contou que implantou silicone há quase dez anos, e nunca teve problemas.

 

"Mas, como tenho lido todas essas histórias sobre as próteses francesas estourando e dando câncer, devo admitir que isso me despertou alguns medos. Não tenho ideia de qual marca é a minha, mas vou verificar com meu médico em Caracas assim que voltar de férias."

 

A França está investigando uma possível conexão entre casos de câncer e o gel usado nos implantes da PIP, mas até agora não existem evidências.





Fonte: REUTERS

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