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Cidades/Geral
Segunda - 26 de Dezembro de 2011 às 10:05

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Depois de mais de 40 anos fora da escola, Benedito Evangelista de Freitas, 57 anos, comemorou no final do ano letivo de 2011 a conquista do diploma de Ensino Médio Profissionalizante. Ele e outros 200 colegas integraram a turma de formandos em curso Profissionalizante da Educação de Jovens e Adultos (Proeja) e do Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Licínio Monteiro da Silva, uma das unidades que ofertam o curso. Esses foram apenas alguns dos mais de 100 mil estudantes matriculados nos 24 Cejas e escolas regulares que ministram a Educação de Jovens e Adultos, no Estado.

Assim como Benedito Evangelista, Inês Marques de Oliveira, 59 anos; Alexssandra Faro, 34 anos; e Ramon Cardoso da Silva, 26 anos, colegas de turma que reconquistaram o direito de exercer a própria cidadania com conhecimento dos direitos e deveres. Mais do que um diploma, ganharam o direito de sonhar com perspectivas que antes lhes era impossível o acesso. “Vou continuar estudando e realizar o sonho que tinha quando criança, de ser advogado. Ou quem sabe administrador”, relata Benedito Evangelista. Durante anos, ele trabalhou na informalidade. Hoje, abriu a própria empresa e administra o trabalho de tapeceiro, ofício que exerce desde muito jovem.

“Na formatura do curso de administração da minha filha, conheci uma senhora de 67 anos, colega de turma. Foi ai que me perguntei, porque não?! Foi assim que voltei a estudar. Fui atrás do Mobral, supletivo e descobri que não existiam mais. Me falaram do EJA e vim parar aqui, no Ceja”, relata Benedito Evangelista.

Cada um tem um perfil e uma história, mas todos têm comum o alijamento do processo educacional. “Os Centros, assim como os cursos profissionalizantes da Educação de Jovens e Adultos, vêm resgatar uma dívida social”, destaca o gerente de currículo de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), Alexandre Fagundes Cesário.

Desde 2008, com a criação dos Cejas, termina o conceito de evasão, conforme tese defendida pelo professor doutor Gerson Tavares, pois o novo formato possibilita a mobilidade, permitindo ao estudante passar períodos fora da unidade escolar e retomar os estudos sem prejuízo para o aprendizado. Diferente do EJA, que segue o modelo convencional nas escolas regulares, os Cejas criam uma identidade para o público que o frequenta. “A proposta dos centros oferece um fórmula diferenciada para o público trabalhador ou para aqueles que estão fora das salas há muito tempo e querem regressar aos estudos”, diz Alexandre Cesário.

O ano de 2011 encerra com mais de 100 mil matrículas nos 24 Cejas e nas Escolas Estaduais que ofertam o EJA. Sendo que 50% das matrículas estão concentradas nos Centros. Mais do que o ensino regular, a educação se volta para o resgate da qualificação dessas pessoas que deixaram os bancos escolares no período dito regular e retomam os estudos. Dessa vez, com oportunidade de qualificação profissionalizante, nas sete unidades dos Cejas e na Escola Estadual Miguel Barbosa (município de São José dos Quatro Marcos) que oferecem o Proeja. (Asscom Seduc/MT)





Fonte: Do GD

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