Acusados da morte de jornalista deverão ir a júri popular
Mandante de assassinato tem 10 dias para apresentar defesa
O comerciante Rubens Alves de Lima, denunciado como mandante do assassinato do jornalista Auro Ida, tem 10 dias úteis para apresentar sua defesa junto a juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá Maria Aparecida Ferreira Fago. O prazo começou a contar a partir do dia 15 deverá se expirar somente no próximo ano levando em conta o recesso forense.
Rubens é um dos três denunciados no assassinato que está foragido. Os demais - o pistoleiro, Evair Peres Madeira, o "Beibe", e o intermediário, Alessandro Silva da Paz, responsável em localizar Evair que aceitou a proposta de crime de encomenda, foram presos. Os três estão com a prisão preventiva decretada.
"Ele (Rubens) é citado. Ele não precisa aparecer, mas tem que ter um advogado para representá-lo e fazer a defesa prévia no prazo determinado. Pela nova lei, o julgamento corre à revelia",. Explicou o delegado Antônio Carlos Garcia, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Com a citação, o processo não será desmembrado e os três deverão ser julgados juntos. Mesmo que o comerciante não seja capturado até lá ou se apresente à Justiça, o julgamento ocorrerá a revelia.
Ao decretar a prisão preventiva dos três envolvido, a magistrada lembra que Rubens tem passagens por por roubo, enquanto Sandro assume a prática do mesmo tipo de crime, e Beibe usa e vende drogas; constatando assim que os três são dados a práticas de atividades delituosas, aliando-se a isso ainda o fato de que todos já foram possuidores de armas de fogo
A magistrada acrescenta em seu despacho que antes de contratar Beibe, outro pistoleiro, conhecido como "Milo" foi contato pelo intermediário encomendando o homicídio pagando uma pistola e a quantia de R$1.500,00 para a execução do jornalista. O pistoleiro, no entanto, recusou a proposta sob o argumento de que "teria se regenerado e passado a frequentar a Igreja.
A partir daí, a dupla Alessandro e Rubens chegaram até Beibe com a mesma oferta, mas fecharam em R$ 1 mil mais a pistola que até hoje não foi localizada. A Polícia não descobriu se o pagamento foi realizado.
Em seu despacho, a magistrada aceitou a denúncia por homicídio triplamente qualificado - motivo torpe, mediante pagamento e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima, classificando o crime como hediondo.
De acordo com as investigações, Rubens não escondia dos moradores do bairro sua raiva pelo jornalista que estava namorando sua ex-esposa, Bianca Nayara.
Ele revelou a vários moradores do bairro Jardim Fortaleza que Auro Ida estava "pagando de gavião no bairro" pois mantinha relacionamento com diversas meninas do bairro, por isso "a cabeça de Auro estava assando". Auro Ida foi executado com seis tiros de pistola no dia 21 de julho deste ano no Jardim Fortaleza, em Cuiabá.
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