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Internacional
Domingo - 25 de Dezembro de 2011 às 13:04

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O patriarca latino de Jerusalém, monsenhor Fuad Twal, rezou pela "paz, estabilidade e segurança no Oriente Médio", e pela "reconciliação na Síria, Egito, Iraque e norte da África", durante sua homilia em Belém (Cisjordânia), na noite deste sábado, por ocasião do Natal.

"Queremos paz, estabilidade e segurança para todo o Oriente Médio", declarou monsenhor Twal em seu sermão na tradicional missa do galo em Belém, cidade natal de Jesus Cristo.

"Oremos pelo retorno da calma e da reconciliação na Síria, Egito, Iraque e norte da África", pediu monsenhor Twal, em referência à onda de revoltas nos países árabes.

Monsenhor Twal, 71, principal autoridade católica romana na Terra Santa, também manifestou sua preocupação pelos cristãos do Oriente.

"Nossa região atravessa transformações radicais que têm um impacto em nosso presente e em nosso futuro. Não podemos ficar como simples espectadores", advertiu em sua homilia.

"Oh, menino de Belém, neste novo ano deixamos em tuas mãos nosso Oriente Médio convulso, especialmente seus jovens cheios de aspirações legítimas, estes jovens frustrados pela situação econômica e política e em busca de um futuro melhor...".

Em uma homilia mais política que nos anos anteriores, devido à Primavera Árabe, monsenhor Twal, nascido na Jordânia, também abordou a questão palestina, saudando o presidente Mahmud Abbas "por seus esforços incansáveis em favor de uma paz justa no Oriente Médio, cuja criação de um Estado palestino é um dos principais componentes".

"Os palestinos recorrem à ONU [em busca de um Estado] com a esperança de uma solução justa para o conflito, com a intenção de viver em paz e em segurança com seus vizinhos", destacou monsenhor Twal.

"Mas este processo lhes deixa um gosto amargo de promessas não cumpridas e um sentimento de desconfiança" com o fracasso das negociações com Israel.

Em clara referência à barreira levantada por Israel na Cisjordânia, monsenhor Twal pediu aos fiéis que "derrubem os muros em seus corações para colocar abaixo os muros de concreto".

"Queremos que o caminho tomado por nossos antepassados --os reis magos e os pastores-- para ir a Belém fique aberto, sem barreiras, sem controles, aberto aos peregrinos do mundo inteiro, incluindo o mundo árabe".






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