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Internacional
Sexta - 23 de Dezembro de 2011 às 15:07

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As autoridades das Filipinas informaram nesta sexta-feira que chega a mais de mil o número de desaparecidos nas enchentes que ocorreram há quase uma semana no sul do país, e que até o momento deixaram 1.080 mortos.

De acordo com o Centro Nacional de Prevenção de Desastres, a revisão do número de desaparecidos, que subiu de 51 para 1.079 em um dia, foi feita por equipes enviadas às cidades afetadas para colher informações com pessoas que ainda buscam por parentes.

O diretor do órgão, Benito Ramos, disse que deu instruções para interromper a busca por desaparecidos até todos os corpos serem identificados. "Não queremos criar alarde entre a população. É possível que alguns dos corpos não identificados sejam de pessoas dadas como desaparecidas", afirmou.

A Cruz Vermelha filipina, que fez uma apuração paralela, calcula em 841 o número de mortos e em 919 o de desaparecidos. "Só contamos o que pudemos confirmar, os mortos e desaparecidos que possuem nomes e sobrenomes. É muito provável que estes números sejam maiores, pois aumentam à medida que obtemos mais informações", disse o presidente da organização, Richard Gordon.

As equipes de resgate continuam encontrando corpos que foram arrastados até o mar, alguns próximo ao litoral de Bohol e Cebu, ilhas situadas a cerca de 100 km das cidades mais afetadas, Iligan e Cagayan de Oro. Em tais locais, os sepultamentos começaram a ser feitos em valas comuns.

Das 674.472 pessoas desabrigadas pelas enchentes, 48.980 estão amontoadas nos 45 centros de apoio onde as condições de higiene são precárias. As autoridades sanitárias mobilizaram recursos para prevenir surtos de doenças que podem gerar epidemias diante do quadro de insalubridade e pela falta de água potável.

A tempestade tropical Washi atingiu a região norte de Mindanao e as ilhas Visayas entre a madrugada de sexta-feira e a manhã de sábado, destruindo 13 províncias. Os danos causados pela tempestade ultrapassam US$ 23 milhões, principalmente em estradas, pontes, hospitais e escolas.

Cerca de 9.500 casas ficaram totalmente destruídas e outras 18,6 mil foram parcialmente danificadas.

O presidente filipino, Benigno Aquino, declarou na terça-feira (20) estado de calamidade nacional e anunciou a criação de um fundo especial de US$ 26,6 milhões.

A ONU solicitou na quinta-feira que seus países membros doem um total de US$ 28,6 milhões nos próximos três meses, enquanto a UE (União Europeia) divulgou uma ajuda de 3 milhões de euros e mais 900 mil euros só da Espanha.

Os especialistas apontam a favelização como o principal fator para o alto número de mortos e também o mal estado de conservação das infraestruturas. O desmatamento sem controle também influencia nas enchentes e deslizamentos, frequentes durante a estação chuvosa, que vai de maio até novembro.





Fonte: DA EFE

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