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Nacional
Quinta - 22 de Dezembro de 2011 às 18:13
Por: MARINA GAMA

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Um prédio invadido que fica ao lado da favela do Moinho, no Campos Elíseos, centro de São Paulo, corre o risco de desabar, após o incêndio que destruiu parte do edifício e dos barracos em seu entorno, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

"O prédio está totalmente comprometido. As guarnições não podem entrar. Precisamos esperar chegar a uma temperatura ideal. Ele apresenta rachaduras e queda de reboco, com risco iminente de desabar", afirmou o capitão dos bombeiros Marcelo Cernevali.

Os moradores do local também estão proibidos de entrar no local, segundo o Corpo de Bombeiros.

A previsão é de que os bombeiros consigam entrar no prédio na manhã desta sexta-feira e então poderão verificar se existem mais vítimas.

  Mary Persia/Folhapress  
Incêndio atinge favela do Moinho, na região central de São Paulo
Incêndio atinge favela do Moinho, em Campos Elíseos, na região central de São Paulo

Até agora um corpo carbonizado foi encontrado, mas permanece dentro do prédio, já que não é possível entrar para fazer o resgate.

O fogo começou por volta das 10h e já foi controlado, mas os bombeiros ainda realizam trabalho de rescaldo e inspecionam os barracos. A vítima ainda não foi identificada.

Foram usados 40 veículos no combate às chamas, com cerca de 200 mil litros de água.

Ao todo, 120 homens foram mobilizados. Helicópteros da Polícia Militar resgataram 11 pessoas ilhadas pelas chamas e as levaram até a quadra de uma escola próxima. Segundo os bombeiros, três pessoas ficaram feridas e foram levadas para hospitais.

Um bombeiro também ficou ferido quando uma TV caiu em cima de sua cabeça, ao inspecionar um barraco que não era atingida pelo fogo. Ele foi levado para o pronto-socorro.

A Defesa Civil municipal afirma que metade da favela foi consumida pelo fogo, mas o Corpo de Bombeiros diz que um terço dos barracos queimaram. Segundo o comandante Luiz Humberto Navarro, a área atingida pelo fogo foi de 6.000 m².

Os barracos ficam próximos ao viaduto Engenheiro Orlando Murgel, que liga as avenidas Rudge e Rio Branco. Uma grande quantidade de fumaça se espalhou pela região e pôde ser vista de longe.

As chamas chegaram próximas da linha férrea da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e provocaram a interrupção da circulação nas linhas 7-rubi e 8-diamante.

De acordo com Navarro, ainda não é possível saber onde começou o incêndio. Moradores, porém, dizem que o fogo começou em um dos barracos da comunidade.

Questionado sobre o motivo do incêndio, o secretário Edison Ortega (Segurança Urbana) disse ser "possível que as características do dia de hoje [tempo seco] tenham feito com que um pequeno fogo se alastrasse rapidamente pela comunidade".

De acordo com dados do Censo, a favela possuía no ano passado cerca de 530 barracos, onde viviam 1.656 pessoas. Já o coordenador da Defesa Civil municipal, Jair Paca de Lima, diz que no local moravam 2.500 pessoas.

Três ministros do governo federal que acompanhavam a presidente Dilma Rousseff em visita à São Paulo também estiveram no local do incêndio: Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome).






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