Por Orçamento, parlamentares querem que Dilma receba aposentados
A pouco mais de 13 horas para o fim do prazo para a votação do Orçamento de 2012, senadores e deputados alinhados com os aposentados exigem que a presidente Dilma Rousseff receba ainda nesta quinta-feira a categoria para prometer a apresentação de uma política permanente de reajustes a partir de 2012.
A presidente cumpre agenda em São Paulo até o início da tarde. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, e o senador Paulo Paim (PT-RS), eles vão liberar a votação do relatório de obras e o relatório geral na Comissão Mista de Orçamento, mas prometem obstruir e até derrubar a votação em plenário.
Pela Constituição, o Congresso tem até o meia noite de hoje para concluir os trabalhos. "Todo mundo em volta da presidente está sem crédito. A presidente Dilma tinha um compromisso com os aposentados de discutir numa política permanente durante 2011 e não fez. Foi compromisso eleitoral e não cumpriu. Então, queremos falar com os donos dos porcos", disse o pedetista.
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) também participa das negociações e pode dar uma resposta às exigências dos aposentados. Os senadores apresentaram ao governo uma proposta para incluir no texto do Orçamento de 2012 uma previsão para discussão até março de uma política de ganho real.
O Planalto aceita colocar na proposta apenas um compromisso de discutir a política permanente ao longo do ano.
O Orçamento da União que será votado na Comissão Mista de Orçamento prevê reposição para os aposentados pela inflação, 6,3% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2011.
Para os aposentados que recebem o salário mínimo, o reajuste é de um pouco mais de 14%: o mínimo passando de R$ 545 para R$ 623 já em janeiro. A categoria quer um aumento de 11,7%, com ganho real.
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