Taques ataca governo por não investir o que prometeu na segurança
Para o comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Dirceu Lopes, pelo menos duas falhas resultaram na morte do sargento da Brigada Militar (BM) Ariel da Silva, alvejado por disparos de policiais civis paranaenses em Gravataí na madrugada desta quarta-feira.
Segundo Lopes, houve erro de jurisdição — porque os policiais paranaenses estavam em operação no Rio Grande do Sul sem fazer contato com a polícia gaúcha — e erro de técnica, que desencadeou uma abordagem desastrosa, independentemente de quem tenha agido primeiro.
— Momentos antes do crime acontecer, os policiais paranaenses chegaram a passar por viaturas da Brigada Militar e mesmo assim não comunicaram que estavam em operação — afirmou o tenente-coronel.
O chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Júnior, também confirmou que os policiais do Paraná não informaram sobre suas atividades a qualquer autoridade policial local.
Evidências encontradas no local onde o sargento foi morto contrariam a versão dos autores dos disparos, três policiais civis do Paraná que trabalhavam em uma investigação no Rio Grande do Sul.
Segundo a Brigada Militar, marcas de tiros encontradas em paredes de estabelecimentos comerciais na Avenida Planaltina, que aparentemente partiram do local onde estava o carro dos policiais paranaenses, indicam que houve mais disparos do que disseram os policiais civis na versão apresentada sobre a morte do sargento. Os policiais alegam que reagiram a uma abordagem do brigadiano, que estava de folga e à paisana.
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