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Internacional
Terça - 20 de Dezembro de 2011 às 11:37

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Os deputados espanhóis nomearam nesta terça-feira o líder do conservador Partido Popular, Mariano Rajoy, como o sexto primeiro-ministro do governo espanhol, para um mandato de quatro anos, em sucessão ao socialista José Luis Rodríguez Zapatero.

Mariano Rajoy, de 56 anos, foi eleito como se esperava por 187 votos em um total de 350 deputados, após a ampla vitória de seu partido nas eleições de 20 de novembro.

Ele tomará posse na quarta-feira, quando prestará juramento ante o rei Juan Carlos. É esperado que, ao assumir o poder, Rajoy coloque em prática um novo plano de austeridade e de reformas orçamentárias para tranquilizar os mercados diante da crise econômica.

O Congresso dos Deputados retomou nesta terça-feira o discurso de posse iniciado na segunda-feira por Rajoy, que apresentou as linhas gerais que vão guiar seu governo. As principais medidas dizem respeito à austeridade financeira, como um corte de pelo menos € 16,5 bilhões em 2012 para reduzir o deficit público em 4,4% do PIB.

  Daniel Ochoa de Olza/Associated Press  
O líder do Partido Popular espanhol, Mariano Rajoy, fala durante sessão do Congresso ao ser nomeado premiê
O líder do Partido Popular espanhol, Mariano Rajoy, fala durante sessão do Congresso ao ser nomeado premiê

O debate na câmara parlamentar foi retomado nesta manhã com os discursos dos grupos minoritários, entre eles os representantes do Partido Nacionalista Basco (PNV) e da esquerda independentista do País Basco, que foi aglutinada na coalizão Amaiur.

O porta-voz do PNV, Josu Erkoreka, pediu ao líder do PP que inicie uma política "mais aberta, dinâmica e flexível", capaz de contribuir com a normalização da situação dos presos da organização terrorista ETA e de avançar com o processo de consolidação da paz no País Basco.

No último dia 20 de outubro, o ETA anunciou a "cessação definitiva de suas atividades armadas" depois de 50 anos de atividade terrorista, nas quais mais de 800 pessoas foram assassinadas.

"Estamos diante de uma grande oportunidade histórica que não podemos desperdiçar, e o futuro primeiro-ministro não pode fazer de conta que não enxerga essa oportunidade. Se não reconhecer, não vai aproveitar o que interessa", afirmou o porta-voz do PNV.

Já o porta-voz da Amaiur, Iñaki Antiguedad, pediu ao primeiro-ministro que leve em consideração toda a "mudança de ciclo" que aconteceu no País Basco.

Em resposta, Rajoy afirmou que confia em "regular definitivamente" o fim das atividades do ETA e garantiu que sempre estará "no Estado de direito e na lei", apoiando as vítimas do terrorismo e suas famílias.

Zapatero deixará o Governo da Espanha, mas, até fevereiro, seguirá como secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que deverá realizar um congresso para escolher seu novo líder.






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