Advogados, servidor público e economista prestaram depoimento na Delegacia Fazendária
Polícia solta quatro suspeitos de fraude milionária
Cinco detidos durante a Operação Cartas Marcadas, deflagrada pela Polícia Civil, na semana passada, já estão soltos, após colaborarem com as investigações em seus interrogatórios.
O primeiro a ganhar a liberdade foi o advogado Ocimar Campos, concunhado do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), preso em Ribeirão Preto (SP) pela suspeita de intermediar, junto à Procuradoria Geral do Estado (PGE), a liberação da emissão de cartas de créditos superfaturadas, conforme aponta a Polícia Fazendária.
De acordo com levantamento da Auditoria Geral do Estado (AGE), houve superfaturamento de R$ 253 milhões.
Também ganharam liberdade, após colaborar com o interrogatório, o economista Antônio Pereira Leite, o servidor da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Enildo Silva Martins, e o advogado Enelson Alessandro Nonato.
Deve ser solto, nesta terça-feira (20), José Constantino, ex-presidente do Sindicato dos Agentes de Administração Fazendária (Saaf-MT).
Todos foram presos provisoriamente pelo prazo de 5 dias, mas, de acordo com a Polícia Civil, não houve necessidade de renovação, diante da contribuição para com as investigações.
O trabalho de investigação da Polícia Civil ainda prossegue com os interrogatórios do senador Blairo Maggi (PR) e do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD).
Por conta do foro privilegiado, ambos decidirão em qual horário, data e local deverão ser ouvidos.
A decisão do delegado Lindomar Toffoli de interrogar Maggi se deve às suas assinaturas, enquanto governador do Estado, que autorizaram a emissão de cartas de crédito.
Em relação a Fabris, se deve à suspeita de ser beneficiário das supostas ilegalidades. O parlamentar é um dos responsáveis pela intermediação de um acordo dos agentes fazendários com o Estado, para receber direitos financeiros em cartas de crédito.
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