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Números mostram que em Mato Grosso a quantidade média de droga apreendida pela PM, com cada traficante, é de apenas 91 gramas
PM não chega ao grande traficante
Apreensão de drogas: polícia centra o poder de fogo nos pequenos e médios traficantes, diz pesquisa da Universidade de S
As drogas estão relacionadas ao crime de, pelo menos, quatro maneiras diferentes - e a principal e mais difícil de combater é justamente o tráfico. Para os grandes traficantes, o Brasil tornou-se rota para permitir que a droga chegue à Europa, Estados Unidos e Ásia, já que o caminho é facilitado pelo fraco controle aéreo e pelo suposto envolvimento de autoridades.
São os grandes traficantes que fomentam todo o mercado, mas uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade São Paulo (USP) mostra que as operações policiais reprimem muito mais os pequenos traficantes ou o usuário de drogas do que eles.
Após acompanhar e analisar 667 autos de flagrante de tráfico de drogas no Estado de São Paulo, o levantamento constatou que a média das apreensões ficou em 66,5 gramas de drogas.
Em somente 7% das 2.239 apreensões observadas os acusados portavam mais de 100 gramas de maconha - e em apenas 6,5% estavam com a mesma quantidade ou mais de cocaína.
A pesquisa foi realizada nas cidades de São Paulo, Santos e Campinas e 71 profissionais do sistema de Justiça Criminal (promotores, delegados, juízes e defensores públicos) foram ouvidos. Mesmo mostrando uma realidade local, de acordo com os estudiosos a pesquisa valeria para todo o Brasil.
Este ano, em Mato Grosso, a PM desarticulou quase dois mil pontos de tráfico de drogas, e nesses locais foram apreendidos mais de 300 quilos de entorpecentes, entre maconha (77 kg), cocaína (62 kg) e pasta-base de cocaína (162 kg) e foram presas quase 3,3 mil pessoas, sendo 2.852 homens e 443 mulheres.
Isso dá uma média de 91 gramas de drogas apreendidos com cada traficante. É uma quantidade um pouco maior do que a apurada em São Paulo, mas que não chega a ultrapassar os 100 gramas.
A Polícia Militar tem buscado parcerias com as demais esferas da segurança pública para promover ações preventivas e combate aos crimes, principalmente os associados ao tráfico de drogas.
Em abril deste ano, por exemplo, foi implantado o Programa de Ação de Segurança (PAS), cujo objetivo era reduzir os índices de criminalidade relacionados ao tráfico. Na oportunidade, a PM intensificou o policiamento em todo o Estado e desencadeou cerca de 10 operações integradas com o Ministério Público Estadual e a Polícia Civil, com 451 mandatos de busca e apreensão cumpridos.
O delegado Gustavo Garcia diz que esse tipo de ação realizada pela polícia é mais de cunho preventivo e ostensivo, por isso são presos com mais freqüência traficantes de pequeno porte. Porém, o delegado acredita que essas prisões são essenciais, pois segundo ele são os traficantes pegos com pouca quantidade de drogas que fornecem a droga aos usuários que estão espalhados por todo o Estado.
“Os principais fornecedores e os mais envolvidos com o tráfico de drogas são os traficantes de pequeno porte, que estão em todas as cidades do Estado”, afirma.
Com relação aos “cabeças” do tráfico, ou os traficantes de grande porte, o delegado afirma que eles são presos sim, porém é algo que requer um maior trabalho e inúmeras investigações.
Gustavo acredita que três medidas devem ser adotadas para diminuir o índice do tráfico no Mato Grosso: a repressão dos traficantes de pequeno, médio e grande porte; a prevenção do uso de drogas e a reinserção do usuário à sociedade. “Essas três medidas são essenciais, além é claro de um trabalho de fiscalização de território”, diz.
São os grandes traficantes que fomentam todo o mercado, mas uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade São Paulo (USP) mostra que as operações policiais reprimem muito mais os pequenos traficantes ou o usuário de drogas do que eles.
Após acompanhar e analisar 667 autos de flagrante de tráfico de drogas no Estado de São Paulo, o levantamento constatou que a média das apreensões ficou em 66,5 gramas de drogas.
Em somente 7% das 2.239 apreensões observadas os acusados portavam mais de 100 gramas de maconha - e em apenas 6,5% estavam com a mesma quantidade ou mais de cocaína.
A pesquisa foi realizada nas cidades de São Paulo, Santos e Campinas e 71 profissionais do sistema de Justiça Criminal (promotores, delegados, juízes e defensores públicos) foram ouvidos. Mesmo mostrando uma realidade local, de acordo com os estudiosos a pesquisa valeria para todo o Brasil.
Este ano, em Mato Grosso, a PM desarticulou quase dois mil pontos de tráfico de drogas, e nesses locais foram apreendidos mais de 300 quilos de entorpecentes, entre maconha (77 kg), cocaína (62 kg) e pasta-base de cocaína (162 kg) e foram presas quase 3,3 mil pessoas, sendo 2.852 homens e 443 mulheres.
Isso dá uma média de 91 gramas de drogas apreendidos com cada traficante. É uma quantidade um pouco maior do que a apurada em São Paulo, mas que não chega a ultrapassar os 100 gramas.
A Polícia Militar tem buscado parcerias com as demais esferas da segurança pública para promover ações preventivas e combate aos crimes, principalmente os associados ao tráfico de drogas.
Em abril deste ano, por exemplo, foi implantado o Programa de Ação de Segurança (PAS), cujo objetivo era reduzir os índices de criminalidade relacionados ao tráfico. Na oportunidade, a PM intensificou o policiamento em todo o Estado e desencadeou cerca de 10 operações integradas com o Ministério Público Estadual e a Polícia Civil, com 451 mandatos de busca e apreensão cumpridos.
O delegado Gustavo Garcia diz que esse tipo de ação realizada pela polícia é mais de cunho preventivo e ostensivo, por isso são presos com mais freqüência traficantes de pequeno porte. Porém, o delegado acredita que essas prisões são essenciais, pois segundo ele são os traficantes pegos com pouca quantidade de drogas que fornecem a droga aos usuários que estão espalhados por todo o Estado.
“Os principais fornecedores e os mais envolvidos com o tráfico de drogas são os traficantes de pequeno porte, que estão em todas as cidades do Estado”, afirma.
Com relação aos “cabeças” do tráfico, ou os traficantes de grande porte, o delegado afirma que eles são presos sim, porém é algo que requer um maior trabalho e inúmeras investigações.
Gustavo acredita que três medidas devem ser adotadas para diminuir o índice do tráfico no Mato Grosso: a repressão dos traficantes de pequeno, médio e grande porte; a prevenção do uso de drogas e a reinserção do usuário à sociedade. “Essas três medidas são essenciais, além é claro de um trabalho de fiscalização de território”, diz.
Fonte:
Especial para o Diário
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/64871/visualizar/
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