MP adia decisão sobre envolvimento de Maggi; Ferra já descarta indícios
Membro do Conselho Superior do Ministério Público Estadual (MPE), José de Medeiros pediu vistas do procedimento instaurado para investigar a suposta participação do então governador Blairo Maggi (PR), hoje no Senado, no caso dos maquinários. O promotor Mauro Viveiros disse que vai aguardar o posicionamento de Medeiros antes de divulgar o voto. Por enquanto, 3 membros se posicionaram pela continuidade do inquérito e outros dois pelo arquivamento. A decisão final deve ficar para o ano que vem, pois o MPE vai entrar em recesso nesta terça (20) e só volta em 6 de janeiro.
Coordenador do Gaeco, o promotor Paulo Prato manifestou seu voto-vista pelo arquivamento do pedido de investigação e foi acompanhado pelo procurador-geral de Justiça e presidente do Conselho, Marcelo Ferra. Para justificar seu parecer, Prado alega que nem mesmo no TRE, órgão que apreciou a prestação de contas da campanha de Maggi ao Senado, foi detectata a doação de recursos das empresas envolvidas e supostamente beneficiadas com o escândalo.
Os promotores Edmilson da Costa Pereira, Siger Tutiya e Luiz Alberto Esteves Scaloppe são favoráveis à continuidade das investigações. Durante a reunião, as discussões foram acalouradas. Depois que Prado emitiu sua posição, Scaloppe soltou o verbo. Segundo ele, não importa se o TRE detectou ou não a participação das empresas. Ele pondera que o MP deve levar em consideração os prejuízos causados ao erário.
O responsável pela solicitação da retirada de Maggi da lista de suspeitos é o procurador Hélio Fredolino Faust, que alega não ter encontrado indícios de envolvimento do ex-governador no superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de máquinas e caminhões pelo Estado.
O Conselho Superior do MP conta com 11 membros e, até o momento, 5 manifestaram seu voto. Os integrantes são Marcelo Ferra, Mauro Viveiros, Luiz Scaloppe, Mauro Delfino Cesar, Luiz Eduardo Jacob, Eliana Cícero Ayres, Siger Tutiya, Paulo Prado, Edmilson da Costa Pereira, Vivaldino Ferreira de Oliveira e José de Medeiros.
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