Roubo de picapes cresce cada vez na capital
Quadrilhas roubam picapes para pedir resgate
O crime do momento é o roubo de picapes no qual os bandidos ligam para as vítimas pedindo resgate. Embora a Polícia não tenha um número de quantos casos ocorreram nos últimos meses, essa nova modalidade de crime – derivada da extorsão de motos – já preocupa a Polícia.
As investigações apontam que essa modalidade de crime se tornou uma alternativa para as quadrilhas especializadas em roubos de carros diante da fiscalização na fronteira com a Bolívia, destino da maioria das picapes roubadas na Grande Cuiabá. Como não tem como atravessar a fronteira e entregá-las para os traficantes bolivianos, acabam mudando a modalidade de roubo.
Na semana passada, o proprietário de uma S 10 teve que pagar R$ 5 mil de resgate para ter seu veículo de volta. Os bandidos iniciaram as negociações pedindo R$ 7.500,00, mas acabaram fechando em R$ 5 mil pagos em dinheiro.
O roubo da picape ocorreu no bairro Costa Verde, em Várzea Grande, no período vespertino. Com um prazo de um dia para conseguir o dinheiro da extorsão, a vítima então marcou o local de pagamento. O encontro ocorreu na região do Valo Verde, próximo do Pirizal, vários quilômetros após a Localidade de Praia Grande. Assim que entregou o dinheiro para um motociclista, foi informado de que a picape estava próxima. Andou alguns metros e pegou a S 10.
Para policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA) da Capital, esse valor é inferior ao que as quadrilhas recebem dos traficantes bolivianos, mas seria uma das únicas alternativas em relação ao cerco da fronteira.
Eles disseram que na “tabela” de pedido de resgate de moto, o preço da extorsão varia de R$ 500 a R$ 1 mil, dependendo do modelo e do ano.
“Temos vários casos, como é o caso dessa picape cujo proprietário, de início não falou que foi extorquido. A orientação da Polícia é para não pagar. Se você é vítima dessa modalidade de crime, entre em contato com a Polícia, antes de pagar”, frisou o chefe de operações, policial civil Luciano Testa.
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