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Cidades/Geral
Sábado - 17 de Dezembro de 2011 às 05:37

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Na audiência realizada perante o juízo de Poconé (104 Km ao sul de Cuiabá) o adolescente, de 17 anos, reafirmou a autoria do assassinato do aposentado Silvando Joaquim de Souza, 68 anos, morto a pauladas no dia 1º de dezembro. Ele disse que matou para roubar qualquer quantia de dinheiro que encontrasse na casa. Como o menor já está solto por não ter conseguido uma vaga para internação no Centro Socioeducativo de Cuiabá, no Complexo do Pomeri, a promotoria solicitou que novamente seja encaminhado um pedido de vaga para o menor infrator, porém, dessa vez em qualquer unidade socieducativa do Estado.

Também foi solicitado um estudo psico-social para se descobrir se ele é portador de algum distúrbio mental, ou sofre de algum trauma psicológico. Isso porque em depoimento ao delegado Rodrigo Bastos e também ao juiz responsável pelo caso, o menor confessou o crime em detalhes, sem mostrar arrependimento. E mesmo após conversar com um defensor antes se ser interrogado nesta quinta-feira (15), manteve a versão que matou o idoso para roubar e não negou a autoria do crime. De acordo com a Polícia Civil, ele matou o idoso e depois roubou os R$ 320 que a vítima havia sacado da aposentadoria

Durante a audiência, a direção do Complexo Socioeducativo de Cáceres foi contata por telefone, mas informou que lá também está superlotado. Agora é preciso esperar a resposta do Sistema Prisional que administra todas as penitenciárias e centros socieducativos. Um novo mandado de apreensão só poderá ser expedido caso, seja expedido um atestado de vaga em qualquer unidade do Estado.

O pai do adolescente também foi ouvido na audiência. Ele relatou que ainda está perplexo com a atitude do filho que não tinha ficha criminal, está concluindo 3º ano do ensino médio sem nunca ter reprovado, tinha namorada e nunca havia apresentado comportamento agressivo. O adolescente mora há um ano e meio com o pai, a madrasta e dois irmãos ao lado do sítio que vítima cuidava como caseiro. Antes ele morava com a mãe em outra cidade.

Uma nova audiência já foi marcada para o dia 12 de janeiro. Na ocasião, serão ouvidas todas as testemunhas que forem apontadas pela Polícia Civil e solicitadas pela Justiça. Espera-se que até lá o laudo psicológico do menor já esteja finalizado para auxiliar na fixação da medida socieducativa para ele cumprir ou então para ser sumetido a tratamentos.






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