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Economia
Sexta - 16 de Dezembro de 2011 às 16:18
Por: DAIENE CARDOSO

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Dados divulgados hoje pela Associação Comercial de São Paulo mostram que o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), responsável por mensurar as vendas a prazo, registrou alta de 1,9% na primeira quinzena de dezembro, comparado com o mesmo período de 2010, com o mesmo número de dias úteis. De acordo com o levantamento da Boa Vista Serviços (BVS), que administra o SCPC, na mesma base de comparação entre períodos, o SCPC/Cheque, que mede as vendas à vista, continua estável (zero).

 

Em outubro, a alta do SCPC foi de apenas 0,5%, cresceu 1,1% em novembro e registrou um salto significativo na primeira quinzena de dezembro (1,9%). Já o resultado do SCPC/Cheque mostra que a estabilidade pode ser considerada um resultado positivo pela base forte de comparação com a primeira quinzena de 2010, quando houve aumento de 15,8% sobre o mesmo período de 2009.

Segundo a entidade, o SCPC teve alta de 34,6% na variação mensal (1ª quinzena de dezembro de 2011 contra o mesmo período de novembro deste ano). O resultado superou a variação quinzenal de 2010, que foi de 32,3%. O SCPC/Cheque registrou a mesma variação positiva do ano passado: 42,4%.

A prévia do balanço anual indica que as consultas ao SCPC devem crescer 4,5% neste ano em comparação com 2010, e o SCPC/Cheque deve ter um aumento de 3,6% (na mesma base de comparação). A Associação Comercial destaca que a desaceleração das vendas este ano foi mais forte do que o esperado, não só pelas medidas contra a inflação, mas pelos efeitos da crise internacional.


Inadimplência

Os registros de carnês em atraso cresceram 15,7% na primeira quinzena deste mês, ante o mesmo período de dezembro de 2010. O destaque ficou por conta dos registros cancelados (renegociações de crédito), que tiveram uma alta de 24,1% na mesma comparação entre períodos. Para a entidade, o resultado se deve às campanhas de renegociação de dívidas promovidas pela Boa Vista Serviços.

Para o superintendente da entidade, Marcel Domingos Solimeo, a inadimplência maior pode ser explicada pelo ingresso de novos consumidores no mercado, o que eleva a tendência de inadimplência. "O consumidor não tem experiência de administrar o crédito e ele vem com muitas necessidades, encontrando facilidades para se endividar em mais de um lugar", explicou. Por outro lado, a entidade ressalta que o grande volume de cancelamento de registros de inadimplência neste mês indica que o consumidor vem apresentando "um comportamento responsável" na hora de cumprir seus compromissos.

A prévia do ano sinaliza que os registros recebidos devem crescer 11%, enquanto os registros cancelados devem atingir 8,5%. A entidade avalia que a inadimplência teve um pequeno aumento em 2011 (em relação a 2010), mas não é preocupante porque o nível de emprego se manteve mesmo com a crise mundial. "Como não tem uma explosão de desemprego, a inadimplência terá um patamar maior que o de 2010. Ela está subindo, mas segue relativamente sob controle", o superintendente da entidade, Marcel Domingos Solimeo.






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