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Sexta - 16 de Dezembro de 2011 às 08:14
Por: FERNANDO DUARTE

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O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) poderá ser ouvido pela Delegacia Fazendária na operação Cartas Marcadas, desencadeada na quarta-feira. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em imóveis do parlamentar, cujo concunhado é acusado de participar do esquema de emissão ilegal de cartas de crédito.

Ontem, o quinto mandado de prisão foi cumprido pela Delegacia Fazendária com a apresentação do ex-presidente do Sindicato dos Agentes Fazendários de Mato Grosso (Saafemt), João Vicente Picorelli. A participação dele no esquema de emissão de cartas de crédito, devido ao segredo de Justiça, não foi divulgada.

O delegado Lindomar Tofolli, que está à frente na investigação, já interrogou dois suspeitos na participação, afirmando ainda não ser possível prever quando a investigação será concluída. Um dos depoimentos colhidos foi do servidor da Secretaria de Fazenda (Sefaz). Além dos interrogatórios, alguns documentos (também não informados) apreendidos nas buscas realizadas foram verificados. Tofolli adiantou que o concunhado de Gilmar Fabris, o advogado Ocimar Carneiro, já está em Cuiabá e será ouvido hoje. Ele está detido em um setor anexo da Penitenciária Central do Estado.

O advogado de Carneiro, Paulo Budóia, afirmou que não entrará com pedido de habeas corpus. Ele afirma que o seu cliente irá depor ao delegado e, após isso, será liberado. Budóia destacou que Carneiro é inocente e não existe motivo para a detenção continuar.

“Tenho 32 anos como advogado e aprendi uma coisa: quem tem pressa como cru. Vamos aguardar ele prestar o depoimento. Habeas corpus é para principiante”, destacou o advogado.

Ainda resta uma pessoa foragida, mas o nome não foi informado. Até o momento, além do servidor da Sefaz e de Carneiro, estão presos o economista Antônio Barros de Leite Neto e o advogado Enelson Alessandro Nonato.

Na quarta-feira (14), a Polícia Civil (PC) deflagrou a operação “Cartas Marcadas”, que investiga a emissão ilegal de quase R$ 490 milhões em cartas de créditos a servidores da Sefaz.

A emissão, cálculo dos valores e a homologação foram feitas pelas secretarias de Administração, Fazenda e Procuradoria Geral do Estado (PGE), por isso os secretários no período em que houve o trabalho também serão interrogados.

Até o momento, os ex-secretários Geraldo de Vitto e Bruno de Sá foram ouvidos. Ainda resta o então secretário de Fazenda, Éder Moraes, que destacou estar à disposição da Justiça para dar esclarecimentos.

Foram seis pedidos de prisão decretados e 14 de busca e apreensão. Eles são acusados de crimes como formação de quadrilha, peculato, fraude processual, corrupção, estelionato e crimes contra a administração pública.

MPE – O Ministério Público Estadual (MPE) rebateu o deputado Gilmar Fabris. O parlamentar afirmou que o MPE homologou o acordo de 2008 entre os servidores e o governo do Estado, que garantiu uma redução em quase 63% da ‘dívida’ do governo com os trabalhadores.

O MPE reforçou que não participou das negociações. A homologação aconteceu somente entre a PGE e a Sefaz.





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