Maioria dos crimes na Capital e em Várzea Grande tem como motivação o tráfico de drogas
Grande Cuiabá já registra mais de um assassinato por dia
Faltando 17 dias para o término do ano, a Polícia já registrou 365 assassinatos na Grande Cuiabá em 2011. Isso representa a média superior a uma execução diária, tanto em Várzea Grande como na Capital.
Esse número foi alcançado com a execução do jovem Carlos Soares da Silva, de 21 anos, ocorrido na tarde de quarta-feira (14), no bairro São Roque, em Cuiabá. Ele foi executado com seis tiros de revólver.
Mesmo que não houvesse mais assassinato até o final do ano, o índice seria de um homicídio por dia, um número que só foi superado há 10 anos.
Em 2001, o ano fechou com 384 execuções. De lá, para cá esse índice despencou, mas voltou a avançar.
Para se ter idéia do aumento dos assassinatos, 2010 fechou com 324 execuções – 41 mortes a menos, faltando meio mês para o término do ano.
Os policiais destacam que não existe uma explicação plausível para o recorde de assassinatos na Grande Cuiabá, mas lembraram que cerca de metade das execuções tem como motivação o tráfico de drogas.
“Tráfico de uma forma ou de outra, pois é sempre quando a vítima é usuária e não paga o traficante e acaba sendo executada”, observou um policial.
O assassinato de Carlos Soares ilustra essa situação. Testemunhas disseram que ele caminhava por uma rua do bairro São Roque, próximo ao Carumbé, na Capital.m na quarta-feira, quando foi cercado por dois homens numa motocicleta.
O que estava na garupa atirou seis vezes, acertando todas. Baleado no tórax e nas costsa, ele caminhou cerca de cinco metros, até cair morto.
Policiais da DHPP disseram que o jovem era usuário de entorpecentes e não descartam a hipótese do crime estar ligado ao tráfico de drogas. “Pode ter dado um banho: comprou e não pagou”, observou um policial.
Os policiais acrescentaram que, no balanço do ano, a lista da motivação dos crimes se completa com crimes de acerto de contas, envolvendo rixa, crimes de mando – onde aparece o pistoleiro e o mandante – e também e crime passional (motivado por paixão).
Como crime de mando, os policiais citam a morte do jornalista Auro Ida, assassinado com tiros de pistola no Jardim Fortaleza, na periferia de Cuiabá.
Como exemplo de rixa está a execução do empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, morto com tiros aos 73 anos, no dia 21 de junho, dentro da agência bancária do Itaú, na Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá.
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