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Quarta - 14 de Dezembro de 2011 às 07:26
Por: FERNANDO DUARTE

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O promotor de justiça Mauro Zaque afirmou que informações já foram requeridas junto à Secretaria de Infraestrutura
O promotor de justiça Mauro Zaque afirmou que informações já foram requeridas junto à Secretaria de Infraestrutura
O Ministério Público Estadual (MPE) está iniciando um ‘pente-fino’ na Secretaria de Infraestrutura no período de gestão de Vilceu Marchetti. O levantamento acontece após os bens do ex-secretário apresentarem um crescimento em mais de R$ 26,3 milhões, quantia considerada incompatível para a função que exercia, o que promoveu o bloqueio deles pela Justiça.

Com a reformulação de algumas secretarias, a Infraestrutura passou a ter denominação de Transportes e Pavimentação Urbana.

Segundo o promotor Mauro Zaque, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, o trabalho já foi iniciado ao requisitar informações junto à secretaria de Estado. Marchetti foi secretário de Infraestrutura no período de junho de 2005 a abril de 2010, quando deixou o cargo devido às denúncias de superfaturamento na compra de maquinários pelo governo de Mato Grosso. O fato ficou conhecido como ‘Escândalo dos Maquinários’.

Zaque afirmou que, além de secretário, Marchetti também é produtor rural, no entanto, os ganhos informados por ele não condizem com os milhões verificados. Esse montante foi divulgado inicialmente pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O promotor informou ainda que o MPE tem a função e a obrigação de fazer esse levantamento, desse modo, não existe a necessidade de uma autorização judicial para a realização do trabalho.

No início da semana, também a pedido do MPE, o juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, bloqueou os bens de Marchetti.

O pedido aponta que o ex-secretário omitiu informação de parte de seu patrimônio, chegando ao ponto, por exemplo, de não citar cabeças de gado que possui em diversas fazendas no Estado, além de apontar os bens que estão em valores inferiores ao preço de mercado.

“A ocultação de bens também aparece evidenciada quanto aos semoventes, pois entre as quantidades declinadas nas declarações de Imposto de Renda do réu e no Indea [Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso], a diferença ultrapassa duas mil cabeças”, apontou a decisão judicial.

Essa “tentativa de ocultação patrimonial” fez com que o juiz requeresse cópias de todas as matrículas de propriedades localizadas nos municípios de Cuiabá, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço, Diamantino, General Carneiro, Chapada dos Guimarães e Rondonópolis.

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) também foi contatado pelo juiz para não permitir a alienação dos veículos do réu. A defesa de Marchetti está recorrendo da decisão.




Fonte: DO DC

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