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Terça - 13 de Dezembro de 2011 às 07:28
Por: RENATA NEVES

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O governador Silval Barbosa (PMDB) discursa na inauguração de casas populares ontem pela manhã em Várzea Grande
O governador Silval Barbosa (PMDB) discursa na inauguração de casas populares ontem pela manhã em Várzea Grande
Apesar das divergências registradas ao longo de 2011, o governador Silval Barbosa (PMDB) avalia que a relação entre Executivo e Legislativo mantida em seu primeiro ano de mandato foi positiva. Ao contrário do que era previsto, o peemedebista enfrentou a resistência de deputados estaduais em diversas questões polêmicas. Mesmo assim, o chefe do Executivo estadual avalia que a relação entre os Poderes foi positiva.

“Muitos confundiram críticas com oposição. Críticas no Parlamento é a coisa mais salutar que existe. O Parlamento é lugar de debate, de manifestar sugestões e insatisfações”, minimizou.

O peemedebista afirmou ainda que muitas críticas feitas à sua gestão foram positivas e que o Legislativo não tem se furtado em votar matérias importantes para o governo.

Logo que venceu a disputa à reeleição, a previsão era que o gestor não enfrentaria dificuldades para manter a sintonia com o Legislativo, já a maioria dos 24 deputados estaduais fazia parte da base governista e os outros acabaram assumindo a posição de aliados em seu arco de alianças. Porém, as divergências com os parlamentares tiveram início logo no primeiro semestre do ano.

Entre outras questões, os deputados reclamaram da falta de diálogo de alguns secretários estaduais, que não respondiam a seus pleitos. Embora os gestores tenham sido “enquadrados” em várias oportunidades, a situação só foi amenizada com a queda de alguns deles, como o secretário de Estado de Meio Ambiente, Alexander Maia.

O desempenho de outros também foram questionados, como o da ex-secretária de Estado de Educação Rosa Neide Sandes, a quem o presidente da Casa de Leis, deputado José Riva (PSD) deu nota quatro. A secretária acabou sendo substituída por Ságuas Moraes, após articulação encabeçada pelo PT, que detém o comando da pasta desde a gestão do ex-governador Blairo Maggi (PR).

O secretário de Transportes e Pavimentação Urbana, Arnaldo Alves, também tem sido alvo de críticas, assim como o secretário-extraordinário da Copa, Eder Moraes. Uma das poucas que se mantém efetivamente na condição de oposição ao governo, ao lado do deputado Percival Muniz (PPS), a deputada Luciane Bezerra (PSB) pediu a saída do gestor, após a divulgação de denúncias envolvendo a pasta, como a compra de 10 Conjuntos Móveis Autônomos de Monitoramento (Comam), incluindo os veículos Land Rover Defender ao custo de R$ 14 milhões e da suposta fraude na alteração do parecer técnico do Ministério das Cidades que substituiu o Bus Rapid Transit (BRT) pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande.

Além de Percival e Luciane, foram eleitos como representantes da oposição os deputados Zeca Viana (PDT), Dilmar Dal’ Bosco (DEM), Carlos Avalone (PSDB) e Guilherme Maluf (PSDB), mas, na prática, os parlamentares têm mantido postura mais comedida.

Os deputados estaduais também intermediaram a relação entre o governo e funcionários em greve, principalmente quando o governador anunciou que não iria negociar com grevistas.

A substituição da Agecopa pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) também contou com a participação dos parlamentares. Por conta das críticas emitidas por eles à estrutura da extinta Agecopa, a autarquia acabou sendo transformada em secretaria e tendo o quadro de funcionários reduzido.

Questionado sobre os pontos que necessitam de melhoras em sua gestão, Silval Barbosa disse que gostaria que as obras da Copa estivessem sendo 100% executadas em Cuiabá e Várzea Grande. O atraso para o início das intervenções é, para ele, uma decepção.

“Essas são as maiores dificuldades e, para mim, uma decepção, por nós não termos conseguido avançar nos financiamentos, que ainda não saíram todos, e na elaboração dos projetos. Esse é um dos pontos que eu avalio que deveria estar mais adiantado“, declarou.

O governador ressaltou ainda o desejo de que o orçamento do Estado fosse superior, para viabilizar a execução de investimentos considerados necessários para o crescimento e desenvolvimento de Mato Grosso.




Fonte: Do DC

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