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Cidades/Geral
Segunda - 12 de Dezembro de 2011 às 12:03
Por: Aline Dessbesell

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Os detentos do Centro de Ressocialização terão a oportunidade, no próximo ano, de estudar. Com apoio de entidades civis organizadas, o Conselho da Comunidade da Comarca de Sorriso adquiriu materiais de construção e os próprios presos reformarão uma ala na cadeia pública e construirão uma sala de aulas.

A presidente do conselho, a psicóloga Adelizeis Faxo de Oliveira Pereira, explicou que a alfabetização será através do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). 20 reeducandos terão a oportunidade de assistir aulas, divididas em três áreas: linguagens, ciências exatas e humanas. Não é preciso ser alfabetizado para participar do curso.

Dentre os critérios analisados para selecionar estes alunos, a psicóloga e a direção do centro, vão consider a periculosidade do detento, comportamento com os colegas e agentes, além de passar por uma avaliação psicossocial. A presidente do Conselho já comunicou a Secretaria Municipal de Educação sobre a abertura da nova sala de aulas. Fica a cargo da secretaria disponibilizar carteiras, lousas, entre outros materiais.

O professor também deve ser disponibilizado pela prefeitura. "Se o detento ganhar a liberdade durante o curso, nós já estamos conversando com a direção da escola que oferece o EJA para que ele continue estudando", frisou.

Além da sala de aula, eles também terão acesso a computadores. Um laboratório de informática, com cinco aparelhos, sem acesso a internet.

Para a psicóloga, a única forma de realmente ressocializar um preso é por meio do trabalho e do estudo, que dignifica o homem e mostra a importância da vida em sociedade.

Atualmente a unidade abriga 216 reeducandos, divididos em 11 celas, sendo que a capacidade é para 70. No barracão que está sendo reformado pelos próprios reeducandos, cerca de 25 homens realizam trabalhos com artesanato e reformam cadeiras de rodas, tudo com o apoio do conselho que se mantém com dinheiro de multas referentes aos Termos de Ajuste de Conduta (TAC), pagamento de multas eleitorais, entre outras penas determinadas pela Justiça do município. Na parte externa os detentos também trabalham em uma horta comunitária.

Outra atividade é a fabricação de blocos de concreto. Hoje os presos produzem cerca de 1,1 mil blocos através de uma parceria com uma empresa privada e a Fundação Nova Chance.






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