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Internacional
Segunda - 12 de Dezembro de 2011 às 07:48

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O advogado panamenho do ex-ditador Manuel Antonio Noriega, Julio Berríos, denunciou ontem a violação do devido processo na operação de chegada de seu defendido ao Panamá.

"A Constituição diz que toda pessoa tem desde o momento de sua detenção o direito a um advogado e isso foi negado a Noriega", disse Berríos, que se referiu à presença do procurador-geral da nação, José Ayú Prado, no grupo que acompanhava Noriega em sua chegada ao país.

"Eu amanhã vou ver o que posso fazer, porque esta é uma violação de seus direitos", insistiu Berríos.

Sobre o fato de as autoridades terem utilizado um chamariz que enganou os jornalistas às portas do presídio El Renacer, para 15 minutos depois levar o "verdadeiro" Noriega para o local, Berríos disse que não sabia de nada.

A ministra de Governo, Roxana Méndez, atribuiu a motivos de segurança a decisão de usar um chamariz e introduzir na prisão, como se se tratasse de um ensaio e sem avisar, uma pessoa em uma cadeira de rodas e coberta por um capote, antes de o ex-ditador chegar em uma caravana similar e entrar de modo parecido.

Perante os protestos dos meios de imprensa por não se ter mostrado Noriega aos jornalistas, Roxana assegurou que foi em respeito ao desejo do ex-ditador, que pediu que "não queria ser parte de um circo midiático".

O médico Jorge Yerwood, que examinou Noriega em sua chegada ao país, declarou que ele não está em 100% de condições para se conduzir a si mesmo, tem dificuldades para se movimentar, sofreu um derrame e não está em condições físicas de ser algemado.





Fonte: EFE

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