Pelo menos nove pessoas morreram na Síria neste domingo, entre elas uma criança, por disparos das forças de segurança nas províncias de Idlib, Deraa, Homs e Hama, segundo informações dos grupos opositores Comitês de Coordenação Local. Na província de Hama, os ataques das forças de segurança contra os opositores ao regime de Bashar al-Assad causaram pelo menos quatro mortes, embora os Comitês não descartem que o número de vítimas aumente nas próximas horas.
Segundo esse grupo, um grande número de veículos blindados chegou às cidades de Bab al-Balad e Marbet e aos bairros de Frayeh e Arabayin, na cidade de Hama, capital da província de mesmo nome, atirando contra os civis, enquanto aviões de combate sobrevoavam a área. Duas pessoas morreram por disparos das forças de segurança na província de em Idlib e duas outras na província de Homs.
Na cidade de Tafas, em Deraa, uma criança morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas quando policiais sitiaram e atacaram os que rezavam na mesquita de Al Omari. Os grupos opositores ao regime Assad convocaram para este domingo uma greve geral em todo o país que, segundo os Comitês, teve participação maciça em Tafas, onde um grande número de pistoleiros leais ao regime percorreu a cidade para desfazer a paralisação.
Acompanhados das forças de segurança, os pistoleiros irromperam em lojas, quebraram portas e saquearam os estabelecimentos. Enquanto isso, sempre segundo os Comitês, também houve enfrentamentos entre as tropas do regime e soldados desertores. Os fatos ocorreram na véspera das eleições municipais na Síria, previstas para esta segunda-feira.
A Liga Árabe anunciou neste domingo que, no próximo sábado, os ministros das Relações Exteriores dos países-membros do bloco se reunirão no Cairo para discutir a crise no país. Uma fonte da Liga Árabe que pediu anonimato informou à Agência Efe que os ministros árabes analisarão a resposta da Síria ao ultimato dado pela organização para que interrompesse a violência no país. A fonte acrescentou que os países da região esperam unificar a postura da Liga ante Damasco.
Desde meados de março, a Síria é palco da repressão violenta do regime contra os opositores, assim como de enfrentamentos entre as tropas de Assad e soldados desertores, numa crise político-social que causou mais de 4 mil mortes, segundo dados da ONU.
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