Blatter cogita Mundial-12 em área do Japão afetada por tsunami
O suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, avaliou de forma positiva uma possível disputa do Mundial de Clubes-2012 na costa nordeste do Japão, na área devastada por um terremoto em março deste ano. O dirigente visitou neste sábado a província de Miyagi, uma das mais afetadas.
"Sou totalmente a favor de utilizar um dos estádios da região. O [campo] de Sendai seria uma possibilidade, mas ainda vamos refletir sobre isso para não comprometer o torneio", disse Blatter, após visitar o centro de treinamento financiado pela Fifa em Matshushima.
O estádio Yurtec de Sendai, casa do Vegalta Sendai da primeira divisão japonesa, tem capacidade para 20.000 torcedores e é um dos maiores da região, assim como o estádio de Miyagi, na região de Rifu.
France Presse | ||
Joseph Blatter, presidente da Fifa, recebe presentes na visita ao campo de Matsushima, no Japão |
Blatter teria dito a uma agência local que a Fifa cogitou transferir a disputa deste ano para a área afetada, mas que optou por manter os jogos nos estádios de Toyota e Yokohama, como estava previsto desde o Mundial anterior, na parte central do país.
"Este ano tivemos de manter as duas cidades [Toyota e Yokoham] como previsto, mas no próximo ano tudo está em aberto. Acredito que ao lado do comitê organizador local e do meu amigo Junji [Ogura, presidente da federação japonesa], vamos encontrar uma solução", disse Blatter.
O dirigente suíço se mostrou solidário ao desastre e disse que apoia a candidatura do Japão como sede da Copa do Mundo feminina em 2019.
"Os japoneses já demonstraram capacidade para organizar um evento assim, quando receberam a Copa de 2002 com a Coreia do Sul", afirmou Blatter, lembrando do título conquistado pelo país no Mundial da Alemanha, neste ano.
A costa nordeste do Japão foi atingida por um terremoto e um tsunami que devastaram, principalmente, a região nordeste do país, no dia 11 de março. Cerca de 15 mil pessoas morreram.
O terremoto teve magnitude 9 e provocou um tsunami que gerou uma grave crise nuclear em Fukushima, após as usinas da região serem atingidas, deixando 15.756 mortos, 4.460 desaparecidos e milhares de deslocados.
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