Ganso negocia com desafeto do Santos e pede valorização
O racha entre o Santos e o DIS, fundo de investimento do Grupo Sondas, voltou a a estremecer a relação entre o clube e o meia Paulo Henrique Ganso.
Às vésperas da estreia do time no Mundial de Clubes, os investidores compraram a porcentagem nos direitos federativos que pertencem ao próprio Ganso, uma fatia de 10%.
A empresa já detinha 45% dos direitos do atleta, mesma proporção que pertence ao Santos. Com o acordo, os investidores se tornarão majoritários nos direitos do meia.
Segundo o Santos, o clube tem a preferência na compra das porcentagens que não lhe pertencem. Por contrato, caso haja uma negociação, o time precisa ser notificado. A partir da notificação, terá um prazo para responder se tem interesse ou não.
Ganso, porém, desmentiu o clube durante entrevista ao final do treino desta manhã de sábado em Nagoya. "O Santos foi avisado, infelizmente não quiseram, e o DIS comprou."
O jogador afirmou que não sabe porque o clube não se interessou em adquirir esses 10%. "Estou me perguntando até agora. Mas no futebol é assim, quando um não quer, outro vem e busca."
Ganso negou que a negociação possa interferir em seu futuro no clube, mas voltou a demonstrar insatisfação. "Eu não me preocupo. Procuro apenas jogar futebol e mostrar que preciso ser valorizado."
O Santos tenta, desde o ano passado, renovar o contrato de seu camisa 10 em termos parecidos aos que fizeram Neymar recusar propostas da Europa.
As conversas, porém, pouco evoluíram nesse tempo e fizeram aumentar as rusgas que existem entre o clube e o grupo de investidores. Nos últimos meses houve uma reaproximação entre o Santos e Ganso, que chegou a declarar que ficaria na equipe no ano que vem. Este novo episódio pode alterar esses planos.
Os valores da negociação entre Ganso e DIS giram em torno de R$ 5 milhões, bem abaixo dos R$ 12 milhões equivalentes a 10% de sua multa, estipulada em R$ 120 milhões.
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