"Não tenho provas de que tenha acontecido uma conspiração", disse Henri Leclerc à rádio Europe 1, criticando as "verdades parciais" que têm circulado na imprensa francesa.
Strauss-Kahn, então considerado franco favorito para vencer a eleição presidencial francesa de 2012, foi acusado de tentativa de estupro contra uma camareira de hotel, o que arrasou suas ambições políticas e o levou a renunciar ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional.
As acusações acabaram sendo retiradas devido a dúvidas sobre a credibilidade da acusadora. Os rumores de que ele teria sido vítima de uma campanha difamatória surgiram logo depois da prisão, e voltaram a ganhar força mais recentemente, com base em relatos sobre supostos detalhes do caso.
A publicação New York Review of Books disse que mensagens particulares do socialista Strauss-Kahn haviam sido lidas antes da prisão dele na sede do partido governista UMP, que negou a acusação.
Recentemente, promotores franceses arquivaram outra acusação de crime sexual contra Strauss-Kahn, feita por uma jornalista que disse ter sido atacada por ele anos atrás.
Em outubro, o nome do político voltou às manchetes, numa investigação sobre uma rede de prostituição que atendia clientes em um hotel de luxo de Lille, no norte da França. Strauss-Kahn admitiu que participava de festas sexuais, mas negou saber que as mulheres eram prostitutas.
"As pessoas nem sempre estão vestidas nessas festas", disse Leclerc. "Desafio você a apontar a diferença entre uma prostituta nua e uma senhora de classe que esteja nua".
(Reportagem de Thierry Leveque)
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