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Quinta - 08 de Dezembro de 2011 às 07:53
Por: ANA ADÉLIA JÁCOMO

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O trabalho de enfrentamento ao uso e ao tráfico de drogas ganha mais força no Estado. O 1° Fórum Estadual sobre as Drogas foi aberto ontem, no Centro de Eventos do Pantanal. A presidente do Conselho Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas (Conen) e organizadora do evento, Ana Elisa Limeira, explica que este é o encerramento de diversos fóruns realizados por todo Mato Grosso.

Ela diz que os moradores de todos os 141 municípios foram ouvidos e as ideias de cada um foram anotadas para que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudht) possa organizar as ações.

O governo federal deve enviar R$ 3 milhões para que a secretaria possa investir em prevenções, tratamentos e repressão do tráfico de drogas.

De um total de 68, apenas 12 comunidades terapêuticas são cadastradas pelo Conen e essas receberão dependentes químicos para efetuar os tratamentos, na expectativa de se livrarem do vício das drogas.

Apesar do relatório feito pelo Conselho Federal de Psicologia, que apontou diversas falhas nos atendimentos, inclusive castigos físicos, Ana Elisa disse que as unidades têm condições de prestarem um bom tratamento e que o dinheiro pago por cada paciente será suficiente.

Uma das novidades do plano federal lançado ontem é a criação de enfermarias especializadas nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2014, o Ministério da Saúde repassará recursos para que estados e municípios criem 2.462 leitos, que serão usados para atendimentos e internações de curta duração durante crises de abstinência e em casos de intoxicações graves. Para estimular a criação destes espaços, o valor da diária de internação crescerá 250% - de R$ 57 para até R$ 200. Ao todo, serão investidos R$ 670,6 milhões.

VAGAS - Quanto à infraestrutura dos locais, Ana Elisa diz que antes as casas não tinham qualquer apoio e que agora terão o pagamento de diversas vagas garantidas. “Eles não recebiam quase nada e agora terão R$ 3.600 por seis meses de tratamento de cada interno”, explica.

Ano que vem haverá um incremento no orçamento destinado às comunidades. Ocorre que o governo federal implantará uma modalidade chamada subversão social, que consiste em envio de dinheiro para as casas que apresentarem projetos de atenção ao depende químico.

Ana Elisa diz que cada local será recadastrado e terá metas a cumprir. “Aqueles que não cumprirem com o estabelecido, podem perder o contrato com o Estado. Nós vamos fiscalizar todas as atividades”, avisa.

A iniciativa privada também está sendo convidada pelo Estado para custear as ações do Plano. Cerca de 10 empresas já demonstraram interesse em ajudar nos tratamentos. A Rede Cemat já teria doado uma chácara na Estrada do Moinho para construção de mais uma comunidade terapêutica com capacidade para 200 residentes.




Fonte: Do DC

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