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Nacional
Quinta - 08 de Dezembro de 2011 às 06:34
Por: Ítalo Milhomem

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Na quarta-feira (07), Deborah Henrique da Silva Diez Soliz, 40 anos, reencontrou a filha de apenas 15 dias após a ter vendido por R$ 500 a uma mulher na saída de uma maternidade da Santa Casa em Campo Grande (MS). De acordo com boletim de ocorrência registrado na terça por Deborah, ela não tinha condições de criar a criança e pensou em entregar o bebê para o serviço social do hospital para adoção, porém teria sido convencida por sua sobrinha, Voeni Henrique da Silva, a entregar o bebê à uma mulher que queria comprar o bebê.

A venda teria acontecido sob a condição de que posteriormente a mulher procurasse Deborah para realizar a adoção legalmente. Após dias sem dar notícias, ela procurou a Polícia Civil na terça-feira.

Após a repercussão na imprensa local, a mulher que teria comprado o bebê, a empregada doméstica Regilene Henrique da Silva, 36 anos, que também é sobrinha de Deborah, se apresentou na Delegacia Especializada de Proteção a Crianças e Adolescentes (DPCA) acompanhada de um defensor público para devolver a criança e contar sua versão do fato.

Regilene contou à polícia que a tia não queria o bebê, porque pensava que o filho não era do marido, porém se arrependera quando percebeu as semelhanças da menina com o pai. O episódio for armado entre Vaoeni, Regilene e Janete, que seria patroa de Regilene e teria se passado pela compradora da criança.

A sobrinha de Deborah afirmou à polícia que armou o esquema para comprar a criança para salva-lá, pois a tia já tinha realizado vários abortos e entregado os fetos para rituais de magia negra para ficar rica. Regilene afirmou que está disposta a ficar com a guarda da menina.

Deborah, que tem um filho de três anos, contou outra versão, e alegou problemas pessoais para não querer a guarda da filha recém-nascida e pensar na adoção. O bebê foi encaminhado para o Conselho Tutelar, que deverá iniciar o processo para saber quem ficará com a guarda da menina.

De acordo com a delega da DPCA, Regina Márcia Rodrigues, Voeni e Regilene poderão responder por crime de subtração de criança de quem tem a guarda para colocar em lar substituto, que pode gerar uma pena de dois a seis anos de prisão. Porém, ela afirma que não foi configurada a venda da menina.

"Estamos finalizando o inquérito, mas não ficou caracterizada a venda da criança. As duas mulheres contaram que o dinheiro que foi pago era apenas para manutenção da casa da mãe da criança que não tinha nada. Ouvimos os familiares e as sobrinhas contaram que, devido ao histórico da mãe, com medo que ela pudesse matar a criança ou fazer um ritual com o bebê, resolveram apresentar uma pessoa, que queria ficar com a criança, mas a finalidade era que a criança ficasse com as sobrinhas", explicou a delegada.

Elas manteriam a criança e depois procurariam regularizar a situação na Justiça, mas a mãe se arrependeu e procurou a polícia", acrescentou.





Fonte: Terra

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