As Farc fizeram o anúncio pela internet mediante uma mensagem de resposta ao pedido de um grupo de mulheres de vários países - lideradas pela ex-senadora colombiana Piedad Córdoba - que buscam uma saída negociada ao conflito, após solicitar à guerrilha a libertação dos reféns.
Em sua mensagem, as Farc disseram que "a luta pela troca de prisioneiros e pela paz da Colômbia não para".
A guerrilha diz que pretende continuar "explorando todas as vias que possam levar à libertação unilateral dos prisioneiros de guerra", ao lembrar que este fato já tinha sido anunciado em uma carta anterior, cuja divulgação coincidiu com a operação militar que terminou com a execução de quatro reféns por parte da guerrilha.
Eles também dizem que farão essas libertações, sem indicar o número de reféns envolvidos, "embora alguns deles tenham caído na insensata tentativa de resgate militar", em alusão à execução de três policiais e um militar em 26 de novembro, durante uma operação do Exército.
A nova carta, com data de 1º de dezembro, está dirigida às ativistas Piedad Córdoba (que teve os direitos políticos cassados em 2010 por colaboração com as Farc), Lucía Topolanski, Jody Williams, Elena Poniatowska, Alice Williams, Mirta Baravalle, Isabel Allende, Rigoberta Menchú, Socorro Gómez, Hermana Elsie Mongue e Ángela Jeira.
Algumas dessas mulheres se encontram nesta terça-feira em Bogotá. Após a divulgação do comunicado das Farc, elas pediram ao governo colombiano que garanta as condições para essas libertações prometidas pela guerrilha.
"Fazemos um apelo ao governo colombiano para que garanta as condições da libertação com vida de todos os reféns em poder das Farc-EP, descartando a possibilidade de resgate a sangue e fogo", anunciou a hondurenha Xiomara Castro, esposa do ex-presidente Manuel Zelaya e coordenadora da entidade Mulheres em Resistência em Honduras, assim como integrante do grupo liderado por Piedad.
Como integrante do movimento Colombianos e Colombianas pela Paz, a ex-senadora Piedad Córdoba mediou com as Farc nos últimos quatro anos para que a guerrilha pusesse alguns reféns em liberdade incondicional.
O anúncio feito pelas Farc nesta terça-feira coincidiu com manifestações em massa em toda a Colômbia, realizadas para pedir a libertação dos reféns e o fim de toda forma de violência no país, que vive um conflito armado há quase 50 anos.
Comentários