Após crise com a Globo, times decidem refundar Clube dos 13
Reunião geral dos clubes decidiu remontar o Clube dos 13. A entidade, que reunia 20 dos principais times de futebol do país, esfacelada após a negociação individual dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro com a Rede Globo no meio de 2011, terá um novo estatuto, a ser elaborado por representantes de Flamengo, Portuguesa, Grêmio e Sport.
Ex-mandatário gremista, Fábio Koff permanecerá como presidente do grupo, por enquanto. Depois, uma nova eleição escolherá o presidente do C13. A informação foi antecipada pelo colunista da Folha, Juca Kfouri.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
ENTENDA O CASO
O novo contrato de TV (2012-2015) com a Globo, responsável pelo cisma do C13, que queria uma negociação coletiva, aumentou a receita de todos os clubes, mas Corinthians e Flamengo, que já recebiam valores superiores aos outros, distanciaram-se mais ainda.
A diferença das quantias pagas às duas equipes em relação a seus adversários, na maioria dos casos, chega a dobrar.
Para se ter uma ideia, em 2011, pelo atual contrato, o Corinthians recebeu cerca de R$ 41 milhões, e o São Paulo, perto de R$ 36 milhões.
No próximo ano, quando o novo contrato passará a valer, entrarão nos cofres do Parque São Jorge ao menos R$ 100 milhões. E, no do clube Morumbi, R$ 85 milhões.
A diferença entre as receitas de TV dos dois clubes, que era de R$ 5 milhões, triplicou, passando para R$ 15 milhões.
Na comparação com o Palmeiras, o isolamento do Corinthians é maior. Entraram no caixa do Parque Antarctica, neste ano, R$ 34 milhões. E, pelo próximo acordo, R$ 82 milhões --diferença de R$ 18 milhões para o arquirrival.
No Rio, o abismo do Flamengo para os rivais tem cenário ainda mais gritante. Para o Vasco, a diferença de receitas de direitos de TV, que hoje é de R$ R$ 13 milhões, chegará a R$ 25 milhões.
O Fluminense verá também o Flamengo mais distante. Serão R$ 43 milhões de diferença de receitas. Pelo contrato vigente, ela é de aproximadamente R$ 20 milhões.
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