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Terça - 06 de Dezembro de 2011 às 14:08
Por: Ronaldo Couto

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Um grupo de homossexuais e transexuais protestou nesta segunda-feira (5) na Câmara Municipal de Aragarças-GO, divisa com Barra do Garças, contra um comentário homofóbico que teria sido feito numa rádio da cidade. O comentário é atribuído ao pré-candidato a prefeito e diretor da Rádio Universitária, padre Alberto Mendes (PCB). Uma moção de repúdio foi apresentada contra o religioso e aprovada por unanimidade pelo legislativo goiano. 

Segundo a denúncia, o padre teria classificado de "gentinha" o grupo GLS. Todavia Alberto nega essa comentário e disse que chamou de "gentinha" os políticos corruptos e vereadores que não fazem nada e trabalham somente uma dia por semana e al´´em do mais recebem altos salários. "A programação da rádio é gravada e [vocês] podem ouvir todas as fitas que não [vão] encontrar nenhum comentário meu contra homossexuais", frisou o padre.

Alberto disse que é contra a violência homofóbica contra gays, lésbicas e simpatizantes e inclusive destacou que sempre fez comentários favoráveis ao grupo. "Eu imaginei que um dia seria chamado de simpatizante por apoiar o movimento e jamais homofóbico", completou. 

O padre classificou o fato como uma manifestação orquestrada contra ele a pedido do vereador Marcelo de Sá (PC do B) que faz parte do gruupo do prefeito Marcos Antônio, o Marcão (PT), a quem faz oposição. O religioso disse que o parlamentar responde a processo por homicídio na Barra e por pirataria em Águas Lindas-GO. 

O vereador Marcelo de Sá disse que ouviu o comentário na rádio em que o padre teria falado mal do secretário Vladimir Marcelo insinuando que ele iria "sentar" em alguma coisa lá. "Ele fala mal de todo mundo; chama vereador e prefeito de corrupto e não pode. Ele toca uma rádio comunitária e está fazendo política lá dentro", disparou de Sá.

A história de padre Alberto começou em 1995 quando abriu a primeira rádio comunitária do Araguaia, que teve a licença cassada e os equipamentos apreendidos em 1998 pela Polícia Federal.

Na época, o religioso atribui o fechamento de sua rádio aos "coronéis políticos" de Barra do Garças, entre eles o prefeito de Barra do Garças, Wanderlei Farias. Nesse período o padre protagonizou vários embates dentro da igreja com o bispo Dom Antônio Sarto (já falecido).

Alberto chegou a denunciar o bispo por assédio sexual, fato que lhe rendeu uma reportagem na Isto É. Padre Alberto já manifestou a vontade de disputar as eleições para prefeito de Aragarças em 2012 pelo PCB.






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