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Quinta - 17 de Outubro de 2013 às 22:12

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Em meio a um processo de mudança no sistema de emplacamentos, foi inaugurada nesta quinta-feira (17) a fábrica que produzirá as novas placas veiculares. Funcionando dentro do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), a unidade terá capacidade de produzir 100 mil peças ao mês e será tocada por 14 presos.

O processo ficará a cargo da Empresa Mato-Grossense de Placas Veiculares (EMPV), criada após convênio firmado entre o Estado e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). A entidade realizou uma licitação que teve como vencedora a empresa Tomas Greg, que se associou à multinacional Utsch do Brasil, para implantar a tecnologia, fundando a EMPV.

O processo disciplina a produção de placas veiculares no Estado. De acordo com uma circular emitida por uma diretora do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a Associação dos Fabricantes de Placas Veiculares (AFPV) passa a atuar como responsável pela emissão do boleto e pela gravação das letras e números que compõem a placa.
A base do equipamento será toda produzida na fábrica montada no CRC e os motoristas terão que desembolsar R$ 170 pelo par, aumento de 40% em relação ao valor mínimo encontrado anteriormente, R$ 120. Deste valor, R$ 1 será pagão à Apac, R$ 1 para a Fundação Nova Chance, R$ 70 para a EMPV e o restante para o fabricante de placas.

Gian Castrillon explica que do valor cobrado por emplacamento não será revertido, por enquanto ao Detran. “O sistema tem muitas vantagens e uma delas, talvez a principal, é que praticamente impede a clonagem de placas, uma vez que há o controle de todo o processo”.

Promotor de Justiça do Núcleo de Execuções Penais, Célio Wilson de Oliveira ressaltou a importância da iniciativa. “Esta é a verdadeira ressocialização. Aqui no CRC se procura trabalhar com projetos, educação, trabalho e evangelização e acaba funcionando”.

Um dos presos que atuará na nova fábrica, Fernando Avelino da Silva, 25, concorda com o promotor. Preso há 7 anos, terá a primeira oportunidade de desenvolver um trabalho na unidade prisional. “Vou deixar de ser um criminoso para me tornar um trabalhador”.

Silva conta que passou por um treinamento de aproximadamente uma semana e que a atividade permitirá a redução da pena. Para cada 3 dias trabalhados, terá 1 dia da pena descontado. “Ficarei menos tempo e sairei com uma profissão”. Além da remissão, o reeducando receberá 1 salário mínimo pelo trabalho. O valor é dividido entre a família, o preso e uma popupança que será liberada após a soltura.

Para o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho, ampliar a ressocialização de reeducandos é uma meta a ser perseguida. “Iremos sempre trabalhar neste sentido, trazendo a ressocialização para dentro das unidades”.

 





Fonte: A Gazeta

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