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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 04 de Dezembro de 2011 às 13:06

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Investidores asiáticos e americanos podem suprir a escassez de crédito decorrente da crise europeia. A afirmação é de um alto executivo do setor financeiro, que pede para não ser identificado. Nas últimas semanas, ele esteve em contato com vários profissionais dessas duas regiões. "Um deles comentou que, aos olhos de americanos e asiáticos, a Europa de hoje equivale à Argentina de alguns anos atrás", lembra. "Para nós, isso é bom. O Brasil está em grande forma, cresce de forma sustentável, tem vários projetos de infraestrutura nos próximos anos. Se os bancos europeus cortarem as linhas para cá, provavelmente teremos uma substituição por parte dos investidores das outras duas regiões", diz.

 

Relatos como esse animam o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC, uma entidade que reúne as instituições de pequeno e médio porte), Renato Oliva. "É por isso que acreditamos que 2012 será mais tranquilo para a captação de recursos do que foi 2011." Os bancos que ele representa são os que tendem a sofrer primeiro os efeitos de um aperto no crédito global. Segundo ele, nas últimas semanas algumas instituições grandes já reduziram os limites disponíveis de empréstimos para as pequenas. Por ora, isso não afeta os negócios, mas, a médio e longo prazos, pode atrapalhar.

Oliva e o economista-chefe do Santander, Maurício Molan, avaliam que o crédito crescerá com menos vigor em 2012, principalmente entre as pessoas físicas. Molan projeta expansão de 17,5%. Entre as pessoas físicas, a expectativa é de que a alta fique muito próxima da evolução da renda. "Desconsiderando a expansão da renda, estimada em 8%, devemos ter crescimento zero nas pessoas físicas." / L.M.






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