Comunidades pacificadas do Rio terão centros de capacitação profissional
O governo do Rio começa a implantar em 2012 os CRJ (Centros de Referência da Juventude) para as 19 comunidades da capital fluminense com UPPS (Unidades de Polícia Pacificadora). O anúncio foi feito ontem (2) pelo secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, durante encontro com representantes juvenis de sete localidades onde as UPPs estão instaladas.
Nos centros serão oferecidos cursos de capacitação profissional como assistente administrativo, cabeleireiro e manutenção de computadores. O projeto é feito em parceria com o governo federal e oferece ainda fóruns de debates sobre assuntos que envolvem a convivência na comunidade.
Para Rodrigo Neves, os CRJs oferecem poder de voz aos jovens das comunidades pacificadas para que possam expor opiniões construtivas a fim de melhorar o ambiente onde vivem. "Nós vemos a manifestação de jovens que querem participar mais da vida cultural das suas comunidades e da cidade do Rio de Janeiro. São jovens que querem colocar o seu ponto de vista, os seus anseios e também participar de maneira ativa do processo de pacificação de suas comunidades", disse.
Na reunião, no Complexo do Alemão, na Penha, o secretário aproveitou para anunciar a criação de um fórum integrando os representantes juvenis das comunidades ocupadas pelas forças de segurança com autoridades do governo do estado. Serão encontros mensais, com secretários de diversas esferas do poder público.
"A oportunidade de constituir esse fórum periódico, reunindo esses jovens em cada comunidade será extraordinária. As superintendências da secretaria trabalharão em esforço conjunto. Outro ponto importante será a troca de experiências de jovens de comunidades onde as identidades são diferentes. O jovem da Rocinha dialogará com o do [Morro do] São Carlos, ou o jovem do [Morro do] Alemão se relacionará com o do [Morro da] Providência", declarou.
De acordo com o representante juvenil da comunidade do Morro de São Carlos, no centro do Rio, MC Jovem Cerebral, as medidas de assistência social e de direitos humanos são positivas. "Todos os projetos que eu tenho feito na minha comunidade, conto com a parceria da Secretaria da Assistência Social e Direitos Humanos. Às vezes não tenho apoio de órgãos que deveríamos ter, como a Secretaria de Cultura, porque trabalho nessa esfera. Mas com relação a assistência social eu tenho sempre contado com ela", disse.
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