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Sábado - 03 de Dezembro de 2011 às 07:11
Por: ADILSON ROSA

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Edézio Ribeiro, o “Binho”: denunciado por tráfico, teria desaparecido depois de ir para a Bolívia
Edézio Ribeiro, o “Binho”: denunciado por tráfico, teria desaparecido depois de ir para a Bolívia
O advogado Edézio Ribeiro Neto, o “Binho”, que está com a prisão preventiva decretada por tráfico de drogas durante a Operação Maranello, está desaparecido na Bolívia há 10 dias. Desde o dia 23 ele não entra mais em contato com a família. Segundo relato de amigos, ele sempre entra em contato ou manda alguém ligar dizendo que está tudo bem. Mas desde a semana passada nem ele e nem a pessoa que fazia essas ligações fazem contato. Ontem, os amigos descobriram que existem mais quatro pessoas que estavam com ele cujos familiares residentes em Cuiabá também perderam contato.

Os amigos e familiares temem o pior, porque as autoridades bolivianas não têm controle de pessoas desaparecidas e tampouco têm mecanismos precisos de busca dessas pessoas. Segundo esses amigos, desde setembro Binho estava em São Paulo com um homem identificado como Wiliam, que seria especialista em falsificação de cartões.

“Assim que chegaram à Bolívia, tanto Wiliam como Binho se encontraram com um ex-PM de Cuiabá, que os levou até uma cidade próxima de Santa Cruz. Lá, os dois teriam sido torturados e Wiliam conseguiu escapar, mas Binho não”, relatou o amigo.

Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria de votos, cassou a liminar concedida a Binho. No julgamento do mérito, os ministros Luiz Fux e Carmem Lúcia entenderam que Binho não tinha o direito de ficar em liberdade. Binho foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o chefe do esquema de tráfico de drogas desarticulado durante a Operação Maranello.

A Operação Maranello, cuja investigação começou no início de 2009 pela Polícia Civil de Mato Grosso, ficou conhecida depois da apreensão dos quase 400 quilos de cocaína numa fazenda em Barão de Melgaço, que servia de pista de pouso para a chegada da droga.

Depois de concluído o inquérito, o Ministério Público Federal denunciou 35 pessoas por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O esquema do tráfico, conforme o MPF, era comandado por um núcleo principal composto por Binho, pelo ex-policial militar Adonai Xavier, além do policial Wagner Amorim e Jackson de Souza. Binho era quem arregimentava financiadores, administrava e distribuía a cocaína vinda da Bolívia, conforme a denúncia.

Em novembro do ano passado, saiu a sentença de quatro envolvidos que estavam presos. O policial Wagner Amorim foi condenado a 25 anos de prisão e, Adauto Ramalho, a 11 anos. Também foram condenados Fernando Fernandes, a seis anos por associação ao tráfico, e Mário Márcio Nascimento dos Santos, a 16 por tráfico internacional e associação ao tráfico. Todos estão presos, mas podem recorrer da decisão. Os demais denunciados aguardam julgamento em liberdade.




Fonte: Do DC

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