A 17.ª Conferência da Organização das Nações Unidas, que está sendo realizada em Durban, na África do Sul, discute o mecanismo de Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação (Redd). Durante coletiva à imprensa, a coordenadora do Global Forest Coalision, Simone Lovera, afirma que os povos das florestas precisam de apoio de todos os setores e tipos de organização. "O que nós não admitimos é que os apoios vindos dos projetos de Redd não respeitem os direitos dos povos indígenas e que proponham a eles uma monocultura."
Ao lado de representantes da Bolívia e Venezuela, Simone pergunta: "Que instituições estão realmente falando pelos povos das florestas" Segundo outro coordenador do GFC, Jader Mendoza, "os povos indígenas das florestas têm como ensinar aos povos dos países desenvolvidos a viver com menos consumo, sem perder a qualidade de vida".
Afirmando que todos os povos indígenas são ambientalistas, Mendoza chama a atenção para o desrespeito aos direitos fundamentais dos índios. Concluindo, Fiu Elisara, de Samoa, coordenador para a Área do Pacífico, rejeita muitos modelos de desenvolvimento como o Redd.
O Grupo de Trabalhos da Amazônia (GTA) se psoicionou a favor da adoção do mecanismo. "Redd para nós significa o equilíbrio entre os projetos de desenvolvimento sustentável e os desejos de conservação cultural e de identidade dos povos indígenas", afirma a brasileira indígena Sonia Guajajaras, coordenadora do GTA, ao lançar o Observatório do Redd, portal que pretende proporcionar a todos os interessados a oportunidade de monitorar e acompanhar os projetos de Redd.
Segundo Josi Aguiar, também do GTA, no Observatório podem ser inscritos infinitos projetos do mundo inteiro. "Já percebemos que os projetos, não importa de onde são, têm os mesmos problemas em todo o mundo, como a regulamentação fundiária, a garantia dos direitos dos povos, entre outros."
(Especial para o DiarioNet, Janine Saponara)
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