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Internacional
Quinta - 01 de Dezembro de 2011 às 21:41

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Obama faz pronunciamento na universidade George Washington, na capital americana, sobre a luta contra a aids. Foto: AP


Obama faz pronunciamento na universidade George Washington, na capital americana, sobre a luta contra a aids. (Foto: AP)



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, renovou nesta quinta-feira o compromisso de seu Governo na luta contra a aids no mundo todo ao anunciar mais recursos e novos objetivos para combater a doença, que incluem aumentar em dois milhões o número de pessoas com acesso a tratamento em dois anos.

"Podemos derrotar esta doença. Podemos ganhar esta batalha. Só temos que continuar lutando", afirmou o presidente americano em discurso na Universidade de Georgetown, em Washington, por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a Aids.

Quando a pandemia começou nos anos 1980, "poucos poderiam ter imaginado que falaríamos da possibilidade real de uma geração livre da aids. Mas estamos avançando. E chegamos a isso graças à crença de todos vocês que podemos, e conseguiremos, vencer esta doença", declarou Obama.

Segundo os últimos dados da ONU, no final do ano passado 34 milhões de pessoas viviam com HIV no mundo todo, 17% mais que em 2001. Em um ato do qual também participaram por videoconferência os ex-presidentes Bill Clinton e George W. Bush, Obama anunciou novos objetivos, entre eles aumentar nos próximos dois anos de quatro para seis milhões o número de pessoas que recebem tratamento no mundo todo.

Além disso, o governo dos EUA tentará proporcionar remédios contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) para 1,5 milhão de mulheres grávidas soropositivas no mundo todo, para evitar a transmissão do vírus a seus bebês.

Também nos próximos dois anos a intenção é distribuir mais de 1 bilhão de preservativos nos países em desenvolvimento e serão custeadas 4,7 milhões circuncisões voluntárias entre para homens do leste e do sul da África. Segundo os dados fornecidos pela Casa Branca, a circuncisão reduz em 60% o risco de contágio da mulher para homem.

O Governo destinará também US$ 50 milhões adicionais para a luta contra a aids nos EUA, onde cerca de 1,2 milhões de pessoas são portadores do HIV, que entre 2006 e 2009 matou aproximadamente 16 mil pessoas por ano no país. As novas iniciativas se somam ao Plano de Emergência presidencial para o combate da aids em 15 países, a maioria deles na África, lançado por Bush em 2003 e dotado inicialmente de US$ 15 bilhões.

O Congresso dos EUA aprovou em 2008 a ampliação do fundo para US$ 48 bilhões em cinco anos. Agora a Casa Branca se encontra em uma forte disputa com o Congresso sobre a redução do gasto público e o Legislativo se recusa a aprovar qualquer tipo de aumento de fundos.

Porém, o governo assegurou que esta nova quantia será obtida de verbas orçamentárias já existentes que serão realocadas. Em seu discurso de hoje, Obama elogiou seu antecessor, ao destacar que o plano de emergência representa uma das grandes contribuições de Bush.

"Esse programa - mais ambicioso do que inclusive os principais defensores pensaram então que era possível - salvou milhares e milhares de vidas, encorajou a ação internacional e criou as bases para um plano global que terá um efeito nas vidas de milhões de pessoas", comentou. "Estamos orgulhosos de ter a oportunidade de continuar esse trabalho", acrescentou.

Obama também pediu ao resto dos países que contribuam para o Fundo Global que luta contra a pandemia, especialmente a China. "Os países que prometeram dinheiro para o Fundo Global devem entregar as contribuições. E os países que não se comprometeram devem fazer o mesmo. Isso inclui a China e outras grandes economias que agora são capazes de dar um passo adiante como doadores de relevância", salientou.

O discurso de Obama coincide com um relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, divulgado nesta semana, que aponta que quase três de cada quatro americanos com o HIV não têm a infecção sob controle, um de cada cinco soropositivos não sabem dessa condição e dos que sabem quase a metade não recebe tratamento.





Fonte: EFE

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